05 junho, 2014

Estarei errado

Chega o sol e com ele as recordações e as expectativas do ultimo verão. 
Prometi a mim mesmo, vai fazer um ano, que a vida que me calhou em sorte teria apenas duração de um ano, quero dizer com isto que o meu prazo está a acabar, mas, novos desafios tardam em aparecer.
Confesso que tem sido difícil encontrar motivação e objectivos para me manter de pé, e com isto começo a por em cima da mesa todas as minhas ideologias.
Dei por mim está manha a pensar que toda a imagem que tenho vido a criar na minha cabeça é apenas uma ilusão e que os objectivos que estabelecemos para nós mesmos não passam de uma maneira de nós mantermos no leito de um rio que corre sempre no mesmo sentido.
Acabei, infelizmente com o pensamento que, afinal de contas, todos nascemos e morremos e pouco fica daquilo que deixamos por aqui! Será que vale mesmo a pena o meu esforço perante a falta de sorte, se é que ela existe.

03 junho, 2014

Que vida esta!

E será que a sorte é  algo que não podemos todos ter?! Ou será apenas algo que temos de procurar?
Até agora tenho pensado que a sorte tem se ser procurada mas mesmo assim, mas agora, e tendo em conta que me tenho esforçado minimamente por encontrá-la, tenho vindo a perceber que ultimamente a sorte me tem passado um pouco ao lado, ou será que estou a ser demasiado exigente com a vida e com aquilo que anseio?
Por vezes acredito que tenho tudo aquilo que mereço é que mais tarde ou mais cedo tudo o resto irá aparecer, no entanto, e mesmo sendo eu uma pessoa paciente, desespero sem novidades.
Questiono-me se de facto não tenho já tudo aquilo que mereço! E talvez esteja a pedir demais.

Será que se vende sorte????

26 maio, 2014

Sou uma criança

Quando era pequeno lembro-me de todas as feiras e festas a que ia, e lembro-me de todas elas pelo mesmo motivo, é que em todas elas saída em lágrimas e amuado, por motivos que eu não compreendia mas que agora fala algum sentido.
Agora que sou um bocadinho maior e com alguma liberdade mais, não posso meter os pés neste tipo de diversões, primeiro porque vingo-me de tudo aquilo que em criança gostava de ter feito e depois porque saio sempre com os bolsos vazios, depois de alguns momentos não me resta muito mais do que a decoração do momento.
Ontem, num retorno implorado, não perdi a oportunidade de me sentir novamente criança e entrar no ambiente da diversão, no entanto agora com alguns centímetros a mais, as pequenas diversões já não me dizem muito e os meus olhos prendem-se ao ponto mais alto e á maior velocidade atingível, felizmente para mim, o medo não é uma coisa que me impeça de fazer o que quer que seja, caso contrário as minhas visitas as feiras populares não iriam mudar muito daquelas em criança.
Serrei as mas no único sítio onde me consegui segurar e todo o percurso foi feito sem as mexer um milímetro só, e mesmo que no início a coisa tenha parecido uma loucura, duas voltas depois via Paris bem de alto e com a adrenalina ao máximo, nunca esquecerei o momento em que me senti de novo uma criança e ainda mais por ter a cidade mais bonita do mundo sobre a minha cabeça.
Adorei voltar aquela tempos de criança e poder, desta vez, ser eu a ditar as regras.
Pelo menos desta vez não sai em lágrimas e amuado, no entanto, a realidade volta sempre e tudo o que se passou lá dentro são apenas recordações, a vida continua e com poucas diversões. 

12 maio, 2014

A altura certa

Passamos metade da vida a dizer que não, e outra metade em que nem acreditamos que alguma vez dissemos não! 
Durante todo esse tempo, questionamo-nos se realmente o não ou o sim é a resta certa!
Tomar decisões não é fácil mas como em tudo na vida é preciso o tempo certo para se aceitar aquilo que já se negou. 
Começo a questionar-me se aquilo antes era um redondo não, possa ser agora uma realidade. 
Parece-me que estou pronto!

06 maio, 2014

Desportos perigosos

Isto de jogar a bola dez anos depois da juventude tem muito que se lhe diga. A coisa até nem parece difícil quando se dá uns chutos na bola e nós armamos em Cristianos Ronaldos da parque, o grande problema é mesmo o dia depois, ou melhor os dias. Os dias em que os músculos vacilam, em que todas as articulações parecem ter perdido a razão perante a idade.
Mesmo para alguém como eu que continua habituado ao desporto, mesmo que menos frequentemente, estas pequenas aventuras fazem-nos acreditar que os anos passam mesmo e que os gloriosos anos de juventude já passaram e agora, quando alguém nos convidar para o churrasco no parque, isso significa proximidade ao barbecue e depois de bem contentar a barriga o único desporto que estamos habilitados a fazer é máximo dos máximos a sueca!
Ai ai, que saudades tenho dos meus quinze anos!