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26 maio, 2014

Sou uma criança

Quando era pequeno lembro-me de todas as feiras e festas a que ia, e lembro-me de todas elas pelo mesmo motivo, é que em todas elas saída em lágrimas e amuado, por motivos que eu não compreendia mas que agora fala algum sentido.
Agora que sou um bocadinho maior e com alguma liberdade mais, não posso meter os pés neste tipo de diversões, primeiro porque vingo-me de tudo aquilo que em criança gostava de ter feito e depois porque saio sempre com os bolsos vazios, depois de alguns momentos não me resta muito mais do que a decoração do momento.
Ontem, num retorno implorado, não perdi a oportunidade de me sentir novamente criança e entrar no ambiente da diversão, no entanto agora com alguns centímetros a mais, as pequenas diversões já não me dizem muito e os meus olhos prendem-se ao ponto mais alto e á maior velocidade atingível, felizmente para mim, o medo não é uma coisa que me impeça de fazer o que quer que seja, caso contrário as minhas visitas as feiras populares não iriam mudar muito daquelas em criança.
Serrei as mas no único sítio onde me consegui segurar e todo o percurso foi feito sem as mexer um milímetro só, e mesmo que no início a coisa tenha parecido uma loucura, duas voltas depois via Paris bem de alto e com a adrenalina ao máximo, nunca esquecerei o momento em que me senti de novo uma criança e ainda mais por ter a cidade mais bonita do mundo sobre a minha cabeça.
Adorei voltar aquela tempos de criança e poder, desta vez, ser eu a ditar as regras.
Pelo menos desta vez não sai em lágrimas e amuado, no entanto, a realidade volta sempre e tudo o que se passou lá dentro são apenas recordações, a vida continua e com poucas diversões. 

02 abril, 2014

Já cheira a verão

Os dias começam a ficar mais longos e o tempo começa a aquecer, no entanto apenas nos apercebemos que o verão está a chegar quando muda a hora e as noites chegam cada vez mais tarde.
Adoro estes dias, em que a nostalgia do verão, das esplanadas, do cheiro a mar e  das cervejas com tremoços nos invadem. 
Tudo indica que o verão está a chegar, os dias escaldantes estão de volta e p quanto eu adoro esse calor, talvez porque nasci em pleno verão, adoro os dias quentes e abafados, adoro a correria dos dias de verão e as noitadas na esplanada.
Em casa, quando era mais novo a chegada da primavera significava jantares na varanda, significava conversas aquando do pôr do sol, era fantástico, e que boas recordações tenho desses momentos, e agora longe, e mais consciente do que são os bons momentos da vida, anseio pelo mês de Agosto para reviver esses momentos tão únicos, aguardo com grande vontade um bom prato com a melhor companhia e horas de conversa. 
A
Já cheira a verão e eu mais do que nunca desespero por grandes pequenos momentos!

19 março, 2014

Carta ao meu pai

Olá, espero que esteja tudo bem contigo, nós por aqui continuamos na normalidade de uma vida rotineira, os dias passam a voar e o tempo que temos para nos lembrarmos das saudades é tão escasso que nós esquecemos que a distância que nos separa é tão grande.
Escrevo-te apenas para te agradecer tudo aquilo que fizeste por mim até hoje, mesmo que por vezes parecesse que não tinha necessidade de ser assim, mas agora eu percebo que não podia ter recebido os melhores ensinamentos.
Nos últimos seis meses tudo aquilo que tenho ouvido da tua boca começou a fazer sentido, e agora, mais do que nunca eu só posso ter agradecimentos por tudo. 
Na minha infância nem sempre tive o que queria, mas isso não fez de mim mais pobre, nem sempre passei as férias que desejava mas isso não fez de mim mais feliz, nem sempre ouvi um sim quando gostaria, mas mesmo assim continuei a viver, nem sempre ouvi o que gostaria, mas isso não me fez revoltar, tudo isso porque havia sempre uma afirmação, "um dia tu vais perceber". Esse dia já chegou, e agora eu percebo, que fazer-me lutar por aquilo que quero, aprender algo útil durante as férias, dar valor aos "sim's" da vida, dar valor ao que nos dizem seja bom ou mau, e muito mais.
Por tudo isto e por todos os bons momentos que passamos juntos, um muito obrigado por fazeres de mim que sou, por fazeres de mim um homem responsável e humilde.
Hoje a distância que nos separa é mais do que nunca mas o que mais importa não são os quilómetros mas o lugar que ocupam as pessoas no nosso coração, mesmo que eu saiba o quanto te custa esta distância, agora é a minha vez de dizer, "um dia vais perceber".
Obrigado mais uma vez por tudo, agradeço do fundo do coração tudo aquilo que me tornou no que sou hoje, para ti, um grande abraço cheio de saudades.
Adoro-te pai!

04 março, 2014

Juras para quê!


Há um ano atrás, depois de uma pequena experiência  fora do país na expectativa de encontrar uma vida melhor, jurava a mim mesmo que a vida de emigrante não era para mim, que não valia a pena o sacrifício de este longe da família, dos amigos e do sítio onde crescemos, no entanto, e como a vida é sempre aquilo que não gostamos que seja, cá estou eu, a 1700km de casa, dos amigos e acima de tudo da família, mas com convicção que vale a pena, pelo menos que seja pelos momento felizes que passo de regresso ás raízes, esses pequenos momentos, que nunca são suficientes, são aquilo que me faz lutar todos os dias contra a jura que fizera a um ano.
Era bem mais fácil se no meu país encontrasse um trabalho digno e com condições, que encontrasse uma mentalidade digna de um pais que se diz evoluído, e que na vontade daqueles que nós são perimires eu encontrasse o interesse em fazermos parte do país. Como tudo isso continua em espera a solução que me restou foi ir contra a minha vontade e contra aquilo que pensava ser o mais correcto, porque, não tendo mudado de opinião agora, eu faço um esforço para me manter de pé mesmo que tenha de me baixar muitas vezes. 
Nunca pensei vir a ser emigrante, pelo menos nunca muito a fundo, muito menos nas condições que encontro agora mas vejo as coisas de uma maneira diferente. 
Se vale a pena? Pode até compensar, mas não vale muito, porque um dia eu sei que o telefone vai tocar e o meu mundo vai cair por terra. Até lá resta-me aproveitar as coisas boas que me trás esta experiência.

25 fevereiro, 2014

Eu tenho dois amores

Percebemos que precisamos mudar de emprego quando mesmo fazendo uma coisa que se gosta se sente uma enorme vontade de fazer outra coisa.
O meu dilema tem sido basicamente este nós últimos tempos e por muito que eu gente lutar contra isso há sempre um pequeno aspecto que me derruba sempre, o facto de quando era pequeno dizer para mim mesmo, não é isto que quero fazer para o resto da minha vida, contudo, a vida prega-nos destas partidas e mesmo depois de ter passado anos a estudar para algo de que gosto e que me realiza, o meu caminho cruzou-se de novo com aquilo que em pequeno me tirava da cama mas férias da escola as 7.30h da manha.
Eu não desgosto do que faço, apenas preferia ter esta actividade como suplemento da minha profissão, mas quando se está num pais diferente onde não se consegue exprimir como se pretende e onde as necessidades falam mais alto do que o orgulho, temos mesmo que engolir alguns sapos.
Eu sempre me considerei uma pessoa multi-disciplinar, e com o passar do tempo reforço essa ideia, mas agora posso dizer que tenho duas profissões, uma que me realiza a cem por cento e outra de que me orgulho.
Um Homem tem de saber ocupar o seu lugar quando é preciso e se neste momento da minha vida sou obrigado a sujar as mão todos os dias, porque não? Além disso, está é a profissão do meu pai, e a ele devo tudo o que sei! Pelo menos trago todos os dias o orgulho das minhas raízes.