26 maio, 2014

Sou uma criança

Quando era pequeno lembro-me de todas as feiras e festas a que ia, e lembro-me de todas elas pelo mesmo motivo, é que em todas elas saída em lágrimas e amuado, por motivos que eu não compreendia mas que agora fala algum sentido.
Agora que sou um bocadinho maior e com alguma liberdade mais, não posso meter os pés neste tipo de diversões, primeiro porque vingo-me de tudo aquilo que em criança gostava de ter feito e depois porque saio sempre com os bolsos vazios, depois de alguns momentos não me resta muito mais do que a decoração do momento.
Ontem, num retorno implorado, não perdi a oportunidade de me sentir novamente criança e entrar no ambiente da diversão, no entanto agora com alguns centímetros a mais, as pequenas diversões já não me dizem muito e os meus olhos prendem-se ao ponto mais alto e á maior velocidade atingível, felizmente para mim, o medo não é uma coisa que me impeça de fazer o que quer que seja, caso contrário as minhas visitas as feiras populares não iriam mudar muito daquelas em criança.
Serrei as mas no único sítio onde me consegui segurar e todo o percurso foi feito sem as mexer um milímetro só, e mesmo que no início a coisa tenha parecido uma loucura, duas voltas depois via Paris bem de alto e com a adrenalina ao máximo, nunca esquecerei o momento em que me senti de novo uma criança e ainda mais por ter a cidade mais bonita do mundo sobre a minha cabeça.
Adorei voltar aquela tempos de criança e poder, desta vez, ser eu a ditar as regras.
Pelo menos desta vez não sai em lágrimas e amuado, no entanto, a realidade volta sempre e tudo o que se passou lá dentro são apenas recordações, a vida continua e com poucas diversões. 

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