31 março, 2014

O descanso do guerreiro

Depois de três semanas com fim-de-semana reduzido jurei a mim mesmo que este seria se completo descanso, mesmo que tivesse pequenas coisas para fazer, e assim foi.
Depois de três sábados consecutivos a trabalhar e com apenas o domingo para descansar, esperava uma semana menos atribulada mas não foi bem assim, a semana passada foi bem preenchida, no entanto a sexta-feira chegou depressa e com ela o merecido descanso e ás 16h começava então a minha jornada de descanso.
Eu até costumo inventar sempre alguma coisa para fazer em casa, mas desta vez estava focado no belo descanso e assim foi, passei o fim-de-semana a ignorar as ideias pouco brilhantes para ocupar o tempo, e consegui mesmo resistir a tentação de fazer algo útil.
Resumo então o meu fim-de-semana em dormir, descansar e não fazer nenhum, e que bem soube, posso mesmo dizer que me cansei de descansar.
Hoje de manha, mais uma semana começou e felizmente em plenas forças para mais uns dias bem preenchidos, e desta vez focado nas férias que se aproximam. Contagem decrescente 3 semanas!

26 março, 2014

Forças da vida

Percebo que já tive dias melhores quando me dou por mim deitado nos grande passeios de Paris.
Não, não me converti à mendiguecidade, mas numa primeira impressão foi isso que mais fez pensar, "mas que raio de vida, viver numa cidade tão fantástica e ocupar o espaço que todos vêem com deprezo, o chão!" 
Não me canso de dizer que de todas as cidades que conheço, Paris, é sem dúvida a que mais me encanta, adora todo o seu movimento, toda a sua construção, todos os pequenos pormenores me fascinam, e é por isso que deitado no chão de Paris, penso, que porventura existe muito mais oportunidades que possa explorar.
Mais uma vez aprendi que a vida é mais do que aquilo que imaginamos, a vida é um conjunto de novas experiências, novos desafios, da minha, só espero o dia em que percebo qual o motivo destes tempos menos simpáticos. 
Resta-me concluir com o facto de que me deitei nos passeios movimentados de Paris para aceder a um canto pouco visível, algo que a profissão por vezes exige, e do qual não me envergonho, se por vezes tenho de o fazer, que assim seja, se por vezes tenho de sujar as mãos (quase sempre) não há problema, se por vezes ando sujo, isso é apenas porque o meu trabalho é mesmo assim, portanto, eu trabalho com muito orgulho, não tenho que me preocupar com esses pormenores, mas sem dúvida que seria bem melhor o trabalho de escritório, mas eu espero.

25 março, 2014

Relação complicada

Humm, acho que o meu telemóvel tem um problema, isto não e normal!
Então não é que este toca o despertador mesmo na melhor parte?! Aquela em que eu estou no expoente máximo da minha noite, aquele momento em que estou em sono profundo e bem confortável debaixo dos lençóis!
Mas o que se passa com rege mundo? Será que é pedir muito, eu só queria umas noites descascadas e sem depertador para me fazer saltar da cama como uma flecha!
Quanto eu daria por uns momentos como estes.
Efectivamente ganharia apenas uns simples momentos de bem estar, que seriam efémeros no entanto é para isso que vivemos para as pequenas coisas da vida, e eu não peço muito, apenas uns minutinhos mais, será assim tão difícil.
Por culpa de toda esta situação a minha vida está a tornar-se complicada, pode já  ler-se no meu facebook, "numa relação complicada com a cama"!

19 março, 2014

Carta ao meu pai

Olá, espero que esteja tudo bem contigo, nós por aqui continuamos na normalidade de uma vida rotineira, os dias passam a voar e o tempo que temos para nos lembrarmos das saudades é tão escasso que nós esquecemos que a distância que nos separa é tão grande.
Escrevo-te apenas para te agradecer tudo aquilo que fizeste por mim até hoje, mesmo que por vezes parecesse que não tinha necessidade de ser assim, mas agora eu percebo que não podia ter recebido os melhores ensinamentos.
Nos últimos seis meses tudo aquilo que tenho ouvido da tua boca começou a fazer sentido, e agora, mais do que nunca eu só posso ter agradecimentos por tudo. 
Na minha infância nem sempre tive o que queria, mas isso não fez de mim mais pobre, nem sempre passei as férias que desejava mas isso não fez de mim mais feliz, nem sempre ouvi um sim quando gostaria, mas mesmo assim continuei a viver, nem sempre ouvi o que gostaria, mas isso não me fez revoltar, tudo isso porque havia sempre uma afirmação, "um dia tu vais perceber". Esse dia já chegou, e agora eu percebo, que fazer-me lutar por aquilo que quero, aprender algo útil durante as férias, dar valor aos "sim's" da vida, dar valor ao que nos dizem seja bom ou mau, e muito mais.
Por tudo isto e por todos os bons momentos que passamos juntos, um muito obrigado por fazeres de mim que sou, por fazeres de mim um homem responsável e humilde.
Hoje a distância que nos separa é mais do que nunca mas o que mais importa não são os quilómetros mas o lugar que ocupam as pessoas no nosso coração, mesmo que eu saiba o quanto te custa esta distância, agora é a minha vez de dizer, "um dia vais perceber".
Obrigado mais uma vez por tudo, agradeço do fundo do coração tudo aquilo que me tornou no que sou hoje, para ti, um grande abraço cheio de saudades.
Adoro-te pai!

17 março, 2014

Bandeira branca

Ok, eu confesso, tenho perdido a paciência facilmente nos últimos tempos, e a culpa é minha, tento encontrar uma desculpa para esta minha atitude mas não posso esconder-me por detrás dos problemas do dia-a-dia.
Peço desculpa pelas minhas atitudes pouco flexíveis e por todas as vezes que não soube reconhecer que estava errado.
Tenho descarregado toda a minha ansiedade na única pessoa que está ao meu lado e isso não é correcto mesmo que tenhamos prometido que somos um casal nos bons e nos mais momentos. Sabes bem que estas minhas reacções não são contra ti mas contra a revolta que venho criando, tu sabes que as coisas se recompõem quando aquilo que quero se realize.
Eu assumo as responsabilidades e peço-te desculpa por ser demasiado rígido contigo, sabes bem que não sou assim. Desculpem vir para aqui escrever para alguém particular mas este é o meio pelo qual as desculpas devem ser enviadas.

P.S. Espero que desta vez não hajam erros!

15 março, 2014

Adaptação

O tempo passa e vamo-nos habituando ás condições que nos são impostas mesmo que não sejam as mais confortáveis para nós. 
À quase seis meses que comecei num emprego que não é aquilo que desejo, mas a convicção sempre foi mudar, no entanto, e na espectativa que algo melhor apareça, o tempo passa e foi-me habituando a esta nova rotina.
No início confeso que não foi fácil a adaptação, primeiro pela condições em geral de qualquer emprego, o levantar cedo, viso seis da manha, estava longe da minha realidade em Portugal, depois a maneira diferenciada de trabalho dos franceses e daquilo que o mercado exige, no entanto, com o passar do tempo tudo se foi tornando mais fácil e agora sinto-me á vontade com aquilo que faço é da maneira que faço.
Seus meses passaram e mesmo não tendo ainda alcançado o meu objectivo, tenho a convicção de que esta etapa me prepara para algo que virá depois, aguardo com expectativa esse novo desafio.
Por hoje já chega, mesmo que me tenha adaptado bem ao novo mundo, trabalhar ao sábado mata-me, esta semana vai ser complicada!

14 março, 2014

Poluição

Em dias de grande risco de poluição como os de hoje, os transportes de Paris passam a ser gratuitos para que as pessoas deixem os seus carros em casa, boa ideia, pensei eu, mas vamos lá a comparações.
Em Portugal esta situação não faz parte da realidade das empresas de transportes visto que antes da natureza estão os trocos, aqui pelos vistos estão um bocadinho acima.
Em Portugal caso ocorrece algo parecido, vamos falar das tão famosas promoções do pingo doce em que esgotaram todos os stock, se é gratuito, os portugueses aproveitam mesmo que não precisem, aqui a coisa foi diferente, por um lado mostra que não têm uma mentalidade mesquinha, por outro, o fluxo não foi assim tão maior, o que me leva a crer que os franceses, ou melhor, os habitantes desta cidade global não se preocupam muito com o ambiente.
Gostei da iniciativa e mostra que há já reocupação com aquilo que fazemos, no entanto três dias de transportes gratuitos não irá mudar muito. Eu seria mais de acordo com reduzir o preço dos bilhetes e aí íamos ter um aumento de passageiros, ou não!

12 março, 2014

De Paris para o meu mundo

França nunca foi uma escolha para mim, sempre desejei, se assim tivesse de ser um país mais relacionado com aquilo que amo, o design, Suécia estava no tipo da lista, assim como Inglaterra ou mesmo Alemanha, no entanto o destino trouxe-me aeg França contra tudo o que eu previa, mais concretamente a Paris, a chamada cidade do amor.
Hoje, os meus desejos foram-me roubados pelo acaso e Paris é a minha cidade de acolhimento, e os franceses os meus companheiros do dia-a-dia, e uma vez que cá estou, devo aproveitar aquilo que o destino me preparou. Não posso dizer que estou completamente feliz com a minha estadia, muito porque o meu desejo é trabalhar como designer algo que ainda não aconteceu, por isso, vezes sem conta vagueio sobre o assunto na vontade de procurar um sítio onde possa concretizar esse desejo, mas depois existe um peso na balança que me faz esquecer essa ideia.
Se Paris nunca foi a primeira escolha, depois de uma primeira abordagem bem positiva e agora já com alguns quilómetros disto, não há mais em que pensar, a começar pelo glamour e pela beleza da cidade, culminando com a grande torre de ferro, resta-me engolir em seco e admitir, Paris je t'aime!


11 março, 2014

Obrigado

Acordo tão cedo que por vezes faço as coisas quase sem abrir os olhos, aqueles quinze minutos que se seguem são prenchodos com passos rotineiros que mesmo de olhos fechados os conseguiria fazer, e tão rápido acordo como estou a sair de casa muitas vezes quase sem trocarmos um olhar, no entanto eu sei que estas lá, que porventura os nossos olhos se cruzarem a reacção é imediata, mas confesso que os primeiros quinze minutos do meu dia não são os mais entusiasmares, no entanto, pouco tempo depois de te deixar o meu pensamento direcciona-se para ti, mesmo que tenha acabado de te ver, sinto logo um pequeno vazio que apenas no fim do dia será preenchido e uns dias melhores que outros, o tempo passa e confesso que a melhor parte do dia, independentemente do dia que seja, é sempre o final do dia, pois é nesta altura que, já bem acordado, e com um pouco mais de tempo livre, posso dar-te a atenção que mereces.
Por vezes, não damos o devido valor ás pequenas coisas, e quando nos habituamos á pessoa que temos ao nosso lado, nós esquecemos que existe a palavra obrigado, porque por vezes basta um obrigado para mostrar aquilo que sentimos, para ti que me aturas já faz algum tempo, um grande obrigado por todos os minutos em que nós aturamos.
Mesmo que me esqueça por vezes de algumas palavras, uma delas nunca esquecerei, para ti e só para ti, amo-te!

10 março, 2014

Sol

Sol, sol, sol!
O que pode uma estrela tão distante fazer por nós. Para além de nos aquecer o corpo, aquece também a alma.
Nestes dias que se tornam cada vez mais longos, e tudo por culpa da ascensão do sol para o hemisfério norte, nós seres mortais ganhamos uma nova vida, uma nova força e quase sem darmos conta.
Os dias de inverso são os que mais custam mas quando o sol volta a brilhar, tudo isso é esquecido e somos invadidos por uma boa disposição incondicional.
Depois de tanto tempo com sol limitado, estes dias sabem como nunca, mesmo os problemas pessoais são esquecidos e aqueles raios de sol que nós atingem todo o tempo são como carregamentos de energia.
Para muitos aquilo que escrevo pode não fazer muito sentido mas para pessoas como eu que nasceram com uma abundância de sol, esses sim me compreendem.
Resta-me aproveitar os últimos raios de sol de hoje e amanhã haverá mais. 
Obrigado a ti que estas sempre de olho em nós e que todos os dias chegas para nos alegrar um pouco mais. Obrigado a ti SOL

08 março, 2014

Vida bem apressada

Cinco e quarenta e cinco da manha, toca o despertador e antes que o John Mamann tenha tempo de assobiar duas vezes no single que fez com a Kika eu já estou a desligar o despertador e a levantar-me (antes não era assim, ficava cinco minutos a ganhar coragem para sair) porque agora todos os minutos contam, e os quinze minutos que se seguem são geridos entre vestir-me e tomar o pequeno almoço, que é como quem diz, depressa.
Ás seis horas em ponto entro no carro que me leva até a estação do autocarro que normalmente parte as seis e quatorze, vinte minutos volvidos e chego ao meu destino, pelo menos de transportes porque ainda me faltam dez minutos de caminhada, que não são feitos com grande alegria, visto que o frio da manha não alegra muitos corações, penso que no verão será mais simpático, eu até gosto de fazer a caminha de manhã. Depois disto o dia resume-se a trabalho, almoço e mais trabalho, e ao fim do dia, o mesmo discurso mas em sentido inverso, normalmente por voltas das seis horas da tarde, no entanto, leva um pouco mais de tempo porque o transito é mais intenso o que por vezes me leva ao delírio, mas são apenas pormenores, o tempo passa é entre chegar a casa, jantar e tomar um duche, não há muito para contar nem muito tempo livre que possa utilizar, nem força suficiente para fazer o que quer que seja, apesar se tudo já tenho doze horas corridos, o único tempo de descanso que tenho é já na cama e mesmo esse acaba por ser pouco, porque um novo dia virá amanhã, e antes que o relógio passe as vinte e três eu já estou a dormir, aproveitando o mundo onde tudo é perfeito, dentro da minha cabeça tudo é como eu quero e lá não há trabalho nem mesmo correrias, isso deixo para o dia seguinte que não tarda a começar, resta-me esperar que o John comece a assobiar!

06 março, 2014

Que vida!

Aquele sentimento de que nos falta algo, que algo não está correcto e que temos de fazer alguma coisa diferente na nossa vida, tem-me invadido consistentemente e não encontro uma solução para este estar menos indesejável.
Tenho me sentido meio que vazio e com falta de algo motivante na vida, de á uns tempos para cá sinto que a monotonia da vida se apoderou de mim e da minha rotina sem que eu desse conta e não tenho maneira de lutar contra esse sentimento, questiono-me o que posso fazer para mudar a vida que tenho e que penso ser a causa deste momento.
Preciso de um novo emprego ou algo mais motivante que me faça de novo ter a força de viver que tinha antes.
Que me lembre não passei por muitos momentos destes na vida, mas infelizmente a vida é assim mesmo. Sei que só eu sou o responsável pela mudança, mas não encontro uma solução válida que possa agarrar com as duas mãos, o problema é que cada vez me sinto mais apertado neste circulo pouco confortável.
Preciso mesmo de mudar de vida. 

04 março, 2014

Juras para quê!


Há um ano atrás, depois de uma pequena experiência  fora do país na expectativa de encontrar uma vida melhor, jurava a mim mesmo que a vida de emigrante não era para mim, que não valia a pena o sacrifício de este longe da família, dos amigos e do sítio onde crescemos, no entanto, e como a vida é sempre aquilo que não gostamos que seja, cá estou eu, a 1700km de casa, dos amigos e acima de tudo da família, mas com convicção que vale a pena, pelo menos que seja pelos momento felizes que passo de regresso ás raízes, esses pequenos momentos, que nunca são suficientes, são aquilo que me faz lutar todos os dias contra a jura que fizera a um ano.
Era bem mais fácil se no meu país encontrasse um trabalho digno e com condições, que encontrasse uma mentalidade digna de um pais que se diz evoluído, e que na vontade daqueles que nós são perimires eu encontrasse o interesse em fazermos parte do país. Como tudo isso continua em espera a solução que me restou foi ir contra a minha vontade e contra aquilo que pensava ser o mais correcto, porque, não tendo mudado de opinião agora, eu faço um esforço para me manter de pé mesmo que tenha de me baixar muitas vezes. 
Nunca pensei vir a ser emigrante, pelo menos nunca muito a fundo, muito menos nas condições que encontro agora mas vejo as coisas de uma maneira diferente. 
Se vale a pena? Pode até compensar, mas não vale muito, porque um dia eu sei que o telefone vai tocar e o meu mundo vai cair por terra. Até lá resta-me aproveitar as coisas boas que me trás esta experiência.

03 março, 2014

Excessos

Um dia acordo e vou achar que há coisas que por muito que pensamos que sabemos e que sejam simples não as conseguimos fazer, esse dia servirá para baixar o excesso de confiança e me tornar mais humilde, contudo nesse mesmo dia serei capaz de reconhecer que não sei tudo e que estou sempre a aprender, nesse dia, quando terminar vou perceber como deveria ter feito e compreenderei onde estava a minha falha.
Por mais que saibamos estamos sempre a aprender, seja com os nossos erros, seja com aquilo que a vida nos dá. 
Eu sou uma pessoa, por vezes, com excesso de confiança, e se por vezes isso pode ser benéfico, já outras alturas que tenho de saber descer do patamar para admitir que não são capaz.
Felizmente a boa educação e a vida modesta que sempre tive enquanto criança e depois o meu percurso académico, fazem-me ter uma perspectiva que penso ser correcta e que até hoje me faz ter orgulho de tudo aquilo que vivi e como vivi. 
Hoje foi o dia!