30 setembro, 2010

Como um escravo

Hoje foi um daqueles dias de escravo, daqueles em que se começa o dia de trabalho empenhado em fazer as coisas todas direitas, para não ter de voltar a fazer.
Hoje, mais do que o costume acordei com vontade de acabar com alguns assuntos que andava a evitar, mal cheguei ao emprego pus mãos á obra e quase em modo automático, foi fazendo as coisas. Quando assim é, o dia corre mais depressa, quando estamos concentrados nem damos pelo tempo passar, foi assim que passou a manha. Na parte da tarde voltei ao mesmo, mas não até ao final do dia, porque com o ritmo de trabalho que tive durante o dia, confesso que cheguei a meio da tarde e já não tinha coerência mental para fazer qualquer tipo de trabalho.
Nada que uma pausa não resolvesse. Pois bem, depois desse intervalo, a escravatura voltou e desta vez até terminar o que tinha começado ou seja, até ao fim do dia.
O objectivo deste texto não é reportar o acto de que trabalhei como um preto para fazer algo que deu muito que fazer, mas sim para reclamar com a situação pela qual tive de fazer este trabalho.
Eu nem deveria fazer o que fiz, porque não era um projecto meu, e digo era, porque agora considero-o como meu, porque uma pessoa que passa mais de meio ano num projecto e quando o deixa tem de ser todo rectificado por outras pessoas, e com estas estou e incluir-me, não é uma boa profissional.
Eu explico. O meu superior começou um projecto no inicio do ano, e prolongou-se até á bem pouco tempo, contudo teve e deixar o projecto, mas supostamente finalizado, como o projecto tem de ser aprovado eu decidi dar uma vista de olhos, qual o meu espanto quando vejo que nada está como deveria, conclusão, comecei a rectificar tudo, ou melhor, refazer tudo á duas semanas atrás, e conclui tudo hoje, a minha revolta vai para o facto de que se eu tive tempo para fazer as coisas em duas semanas como é que outra pessoa não o fez em oito meses. Já nem quero mais ouvir falar daquele projecto, não percebo qual é a responsabilidade das pessoas… Ai tantos nomes lhe chamei.

28 setembro, 2010

Era uma Vez...

... um rapaz muito bem comportado, sempre na sua tranquilidade, não se chateava com ninguém.
Um dia esse rapaz, como em todos os outros da sua recente vida, saiu de casa para ir tomar café com os amigos do costume, entre enumeras palavras e umas outras tantas cervejas, o rapaz decidiu que precisava de mudar de ares, então foi até onde nunca tinha ido, foi para um espaço novo, um espaço cheio de caras novas, caras alegres e bem dispostas, caras com vontade de se divertir, dessas muitas pessoas, havia aquelas que tinham como ponte para essa diversão a cerveja, o rapaz, nada incomodado não se fez rogar e continuou com a sua vontade, cerveja atrás de cerveja até que os músculos se começaram a soltar, passo de dança aqui, passo de dança acolá até que todo ele era já musica, até que... uma cara se fez notar no meio de todas as outras e a partir desse momento, mesmo continuando com toda anormalidade os seus olhos não deixaram mais aquela cara. Todos os movimentos daquela pessoa era seguidos com atenção pelo rapaz, que entre a sua timidez natural e a sua desinibição temporária não arranjou coragem para um olá, momentos depois o jovem decide que tem de abandonar todo aquele local mágico e voltar ao sossego da sua vida.
Ao abandonar aquele espaço, algo inusitado aprece e mudou toda a sua vontade, esse incidente fê-lo voltar ao primeiro espaço onde acabou por completar a noite com mais algumas bebidas. Já num momento de rendição, encostado ao balcão com palavras calmas e próprias, eis que um olá, seguido de um "á nossa" fez tudo desaparecer e voltar a casa de partida. Daqui para a frente, foram palavras misturadas com majestosos líquidos. Uns olhos lindos, uma beleza fenomenal e uma voz tranquilizante fizeram com o desfecho da noite fosse outro.
De partida deste que seria o ultimo espaço com palhaçadas e brincadeiras que terminariam com um olha para o lado aposto da estrada, quem mais poderia ser para fazer aquele rapaz para novamente, se não aquele rosto maravilhoso que o hipnotizou algumas horas antes. Mas desta vez, já não ouve timidez que o impedisse de mais do que um olá, na verdade foi muito mais que isso, foi um convite para uma nova entrada num novo espaço, espaço esse que o abraçou durante as seguintes horas, da mesma maneira que o rapaz abraçou aquela rapariga desde aquele momento.
O desfecho desta historia resume-se a uma noite bem passada, bem vivida e com novos amigos com os quais o rapaz nunca esperava.

by M. & M.

27 setembro, 2010

Em construção

Detesto dias como o de hoje, dias em que por mais que me esforce não sai nada de jeito, seja a nível profissional ou emocional.
Começou pela manha, quando tentava acabar algo que havia começado na semana passada, mas nem o computador ajudou, mas a manha foi passado, contudo o rendimento foi nulo, nada do que pensava fazer consegui. Depois do almoço comecei a sentir-me diferente, desta vez emocionalmente, e não falo de relacionamentos com os outros, mas sim do facto de não me sentir bem com a situação que estou a viver, aquela sensação de vazio que nos faz sentir como se fossemos minúsculos e essa sensação foi crescendo até que todo o meu eu perdeu todas as forças para fazer o que quer que seja, simplesmente não conseguia, por mais que tentasse, alguns minutos depois desistia do que tinha começado, não tinha mesmo cabeça para nada.
Não é muito meu costume deixar as coisas por fazer, mas hoje não valia mesmo a pena, não dava, não conseguia, tive mesmo de desistir a meio da tarde.
Mais tarde o dia acabou por melhorar, não de todo, porque isso irá levar algum tempo mas pelo menos já não sinto aquele vazio, ou um vazio tão grande.
Foi um dia passado, amanha certamente o dia correrá melhor, e irei fazer o que hoje não consegui. Em relação ao meu lado sentimental, essa vai ser uma tarefa mais árdua, e morosa, estou até pensar colocar uma tabuleta: “Em construção”

25 setembro, 2010

Foi roubado

Recupero a consciência mesmo sem saber que a tinha perdido, acordo para uma realidade que ainda não tinha questionado e chego a uma conclusão, tu roubaste-me a alegria que tinha de viver.
Até agora não me tinha questionado sobre isto, sobre o porque de não me sentir a mesma pessoa que outrora fora. Hoje, após me questionarem três vezes em pouco mais de um par de hora sobre o que se passava comigo, ao que respondi sempre, não se passa nada, entrei num transe que me levou a questionar se realmente se passava alguma coisa.
O estado ao qual me fiz levar foi tal que recuei muito no tempo, recuei até ao tempo que me sentia feliz todos os dias, aos dias em que me deitava e sentia alegria por tudo aquilo que fizera. Comecei a avançar no tempo á procura de uma razão lógica para o meu estado actual.
Avancei um dia, um mês, um ano, e mais ainda, até que dei conta do que aconteceram, até ao dia em que percebi que me roubaste, e sim digo roubaste, porque foi algo que eu não queria, eu era feliz da maneira que era, eu era feliz e queria continuar a sê-lo, mas mesmo assim tiraste isso de mim, tiraste tudo isso de mim sem eu perceber e desapareceste como se nada tivesses feito.
Agora, muito tempo depois e após analisar a sucessão de acontecimentos recentemente passados percebo o que mudou em mim. Eu era uma pessoa feliz, uma pessoa alegre, contagiosamente alegre, não havia ninguém que não se contagiasse com a minha alegria, e agora? Agora o que sou eu?
Sou uma pessoa efemeramente alegre, sou alegre quando algo corre bem sou alegre quando passo bons momentos sou alegre ocasionalmente, mas questiono-me onde está aquela alegria contagiante? Já não consigo afirmar que sou uma pessoa alegre como fora no passado, não me considero uma pessoa feliz, tenho os meus momentos mas no geral já não sou aquela pessoa que fui. Tenho pena que assim tenha sido, sentia-me muito mais realizado da maneira que vivia, agora sinto-me vazio sem conteúdo e com muito pouco para dar aos outros. Os sorrisos que dou são sorrisos efémeros, sorrisos que morreram depois de os meu lábios se serrarem, sorrisos que não passaram da minha boca para a minha memória, tudo porque eu sinto que aquela pessoa que passava a vida a sorrir e que fazia os outros felizes morreu.
Passa-se algo comigo sim, falta-me alegria que não consigo encontrar.

23 setembro, 2010

Quando morrer

E se um dia eu adormecesse e nunca mais acordasse?
Não é uma questão que me faço muitas vezes, mas tenho algumas respostas. Neste momento se isso acontecesse, acho que pouco mais do que a família e aqueles amigos mais próximos iriam sentir a minha falta, e mesmo este seria apenas por um breve espaço de tempo, alguns dias, outros meses, mas muito poucos se recordariam passado um ano. Por mais que tentemos é assim a ordem lógica das coisas para as pessoas normais, aquelas que não têm objectivos mais ambiciosos.
Se isso me acontecesse nesta altura eu seria uma dessas pessoas normais, a qual morreria e não deixaria nada de valor para a humanidade. Contudo esse não é o meu objectivo, e sei que ao lerem este texto acharam que sou ambicioso demais ou que não tenho noção do que custa realizar aquilo que quero, mas a verdade é que para mim, morrer como um outro qualquer ser humano dito normal, não é viver não quero chegar ao fim da minha vida e ser apenas mais um a ter passado por estas terras, não quero morrer de verdade.
O meu objectivo principal de vida é dar algo relevante aqueles que vivem e viverão neste planeta, não quero ser insignificante, não quero ser só mais um, quero ser reconhecido, para que mesmo morrendo fisicamente isso nunca aconteça com o meu nome, pode parecer surrealista e utópico mas é o que pretendo, é o que me dá vontade de viver e ultrapassar todos os desafios que me aparecem.
Quero muito viver, viajar, conhecer muitas pessoas, culturas e estilos de vida, quero aprender o mais que puder e quando estiver cansado de viver e me sentir realizado serei o primeiro a desejar que a morte venha, mas não me deixarei levar sem antes deixar a minha marca no mundo onde vivo.
Como nunca foi uma pessoa de desistir de nada nem muito menos de deixar algo por fazer, irei sem dúvida fazer os possíveis e os impossíveis.

22 setembro, 2010

Re:De: Cérebro Para: Coração

Olá chefe,
Compreendo que esta situação não seja a mais confortável, contudo e ao contrariando o que argumenta, tenho que lhe pedir que compreenda a mesma, pois, como ambos sabemos a situação que vivemos tem culpa dos dois e não apenas minha como me culpa.
Não fiquei contente com a recepção da sua mensagem porque não tenho culpa que seja sensível e que estes sentimentos se despertem em mim, aliás, devo acrescentar, se assim sou isso deve-se a alguém, nomeadamente o meu caro, pois sem você e as suas atitudes imperialistas á uns tempos a trás, nós nunca nos teríamos envolvido nesta conjuntura.
De qualquer das maneiras, tenho vindo a tentar modificar o meu comportamento o que me parece estar a ser bem sucedido, pelo menos a avaliar pelos sinais que tenho recebido. Confesso porem que uma das suas últimas decisões fez enclausurar os sentimentos a que se referia, assim, penso que os tempos que temos vivido já têm sido de agrado para os dois, pelo menos a este nível.
Para finalizar quero demonstrar também o meu desagrado num aspecto, ou seja, ultimamente tenho recebido sinais do vosso departamento um pouco confusos, não tenho conseguido decifrar o que pretendem, é compreensível que as coisas estejam um pouco desorganizadas mas como me pediu anteriormente, é necessário fazer um esforço para tomar decisão daquilo que se quer, portanto, retorno o aviso que me fez no passado, é bom que resolva os seus problema, caso contrário terei de intervir num campo mais afectivo para fazer desaparecer todos esses pensamentos.
Sem outro assunto despeço-me.
Comprimentos do vosso órgão preferido
Coração

21 setembro, 2010

Pontos sem final

Ponto 1:
Que revolta que sinto quando sei o meu verdadeiro valor e não consigo prová-lo, não era assim tão difícil fazer as coisas bem-feitas, mas hoje era daqueles dias em que nada saía bem, enfim, nada a dizer, não vale a pena, é esperar por melhores dias.
Ponto 2:
É fazer planos e mais planos, compromissos e mais compromissos, e depois surge alguma situação daquelas que só aparecem uma vez na vida e é ver-me recusar exactamente por causa destes mesmos planos, mais tarde é ver-me arrepender de ter tomado a decisão que tomei.
Não aconteceu e espero que não aconteça, porque se assim for irei arrepender-me para o resto da vida.
Mas assumo que tem-me preocupado o facto de deixar-me levar pelo ambiente que me rodeia, “prendendo-me” a coisas que poderão ser obstáculo no futuro.
Ponto 3:
Os meus tempos de estudante já lá vão e não há muito tempo, e por consequente ainda sinto saudades dessa vida, contudo já não quero mais viver da mesma maneira, já não me sentiria bem no meio de toda aquela confusão, aquela azáfama, aquela correria.
Gosto de que faço, e não troco por nada, no entanto fico nostálgico ao ver os novos estudantes todos entusiasmados, recordo-me dos meus bons momentos, mas essa é mesmo a essência da vida, as recordações felizes.
Ponto 4:
Ainda tenho saudades.

20 setembro, 2010

Encontrei o que me faltava

Não sei se é só comigo que isto se passa, mas por vezes sinto que as coisas acontecem porque tem mesmo de acontecer, surgem oportunidades que não podemos deixar escapar. Nem sempre é possível, ou não estamos atentos para aproveitar essas oportunidades, ou então não temos a mente aberta para essas ditas coisas.
Já alguns dias que andava mortinho por meter-me numa aventura, mas andava sempre com receio, neste último fim-de-semana veio-me isso novamente á cabeça, mas desta feita acompanhada de uma outra ideologia, então pensei eu, se não faço isto agora nunca vou fazer, e se não aproveitar agora nunca irei concretizar aquilo que tanto quero, então prometi a mim mesmo que iria fazer de tudo para realizar este meu desejo.
Confesso que não é uma decisão fácil de tomar e que mesmo para mim que estou sempre aberto a novas experiencias isto foi o máximo que eu imaginava conseguir, agora resta esperar pelo desfecho.
Já há muito tempo que tinha isto na cabeça mas não tinha como se costuma dizer “tomates” para o fazer, desta vez, e quando a oportunidade surgiu, antes que eu tivesse tempo de pensar duas vezes o mesmo pensamento emergiu na minha maravilhosa mente, e fez-me pensar de novo que se nunca arriscar nunca saberei como é a experiencia, portanto, nem dei tempo para um piscar de olhos, bastou um click e agora que seja o que deus quiser.
Não quero para já revelar pormenores desta minha decisão, contudo já não há volta a dar, o que está feito, feito está. Portanto, meus caros, agora sinto que já tenho aquilo que me faltava.
Adenda1: Estou muito contente pela decisão, contudo ainda um pouco receoso, mas sem duvida com o aproximar da hora irei ficar bem pior, mas não sou de desistir.
Adenda2: Eu gosto de me superar e de ir subindo a fasquia, desta vez, acho que foi ao limite da minha loucura, estou para ver qual será o próximo objectivo em que me vou meter, até lá ainda vou passar bons momentos, ai vou vou.

Reclama micróbio...

É com uma crise existencial que eu justifico esta minha ausência deste espaço. De á uns dias para cá que não tenho sentido das palavras, isto porque não tenho sentido para a vida, tenho me sentido vazio e isso reflecte-se na minha inspiração, que já não é muita.
Há dias que não me suporto tal é o meu ego, outros dias sinto-me um verdadeiro micróbio, o que me escapa é o porquê de eu me sentir assim, porque passo a explicar, a minha vida corre às mil maravilhas, ando praticamente todo o tempo bem-disposto, mas, o problema é a uma certa hora do dia em que por mais alegre que tenha sido o dia, a essa hora o desfecho é sempre o mesmo.
Eu não era assim, muito menos tenho intenção de o ser, sei que isto é passageiro e que mais tarde ou mais cedo tudo vai mudar, mas incomoda-me sentir uma necessidade imperial de me isolar, não sou passarinho de viver sozinho numa gaiola, gosto da minha solidão mas apenas quando o meu espírito assim o necessita, não porque algo corre mal.
Nestas horas em que me sinto desta forma não há nada que me anime, não há pessoa nenhuma que me consiga arrancar uma palavra em bom-tom.
Mais uma vez, e em pouco tempo, vivo com a minha alma vazia, sem um sentido para a minha vida, sem um objectivo maior que me faça por a cabeça a trabalhar, continuo a procura mas duvido que algo surja nos próximos tempos.

17 setembro, 2010

Sobe, desce, sobe, desce...

Ontem nem vontade para escrever tinha, é porquê? Boa pergunta, a resposta nem eu sei, não há nada a fazer, há dias assim, há dias em que tudo está bem e de um momento para o outro tudo parece desaparecer, e já nem falo em acontecimentos físicos, é a imensidão dos pensamentos que trago na minha cabeça que me faz ter estes momentos.
Não aconteceu nada, não tive nenhuma crise existencial, unicamente de um minuto para o outro perdi toda a alegria que tinha dentro de mim, as minha feições mudaram e até a minha vontade de comunicação desapareceu, escusado será dizer, que não estive mais de cinco minutos no local onde me encontrava, e o destino dessa mudança foi a minha cama, é uma coisa boa que tenho, quando não estou bem mudo-me, para a minha cama, para o meu silêncio, para a minha solidão, para o meu sono, e assim foi.
Resultado final, uma noite muito bem passada e um novo ânimo hoje de manha, concluindo, às vezes preciso destes momentos.
Esta minha vida tem andado uma montanha russa de emoções, tenho de começar a perceber-me melhor, ou então, vou ter problemas.

Hoje é assim

Tudo na vida tem a importância que lhe damos, o maior problema é estabelecer essa importância.

16 setembro, 2010

Moments like this

Se eu não aproveitar a minha vida, quem irá faze-lo. Tudo bem eu compreendo que tudo isto não favorece o rendimento de tudo aquilo que faço, e agora que tenho responsabilidades não posso fazer tudo aquilo que me apetece, contudo há coisas das quais não me quero privar, porque para além de ainda ser jovem, não posso começar a fechar-me numa vida sem sentido, uma vida enclausurada num único objectivo.
É por dias como os de hoje, ou melhor, noites como a de hoje que me sinto vivo, que me sinto mais alegre, a companhia de pessoas que nos são chegadas e que nos fazem passar bons momentos são coisas que me marcam e pelas quais vale viver, mesmo que para isso haja a contrapartida de amanha estar ligeiramente mais cansado.
Hoje o dia foi relativamente normal, nada de especial se passou, por isso para me alegrar só podia terminar como uma noite como esta, já há muito tempo que não utilizava tão bem o meu tempo como o de hoje.
Cada dia que passa eu sinto que me vou perdendo no meio de todas aquelas responsabilidades características das pessoas adultas, eu quero sê-lo mas mesmo assim ainda acho que é cedo para isso, quero aproveitar a vida, quero viver momentos que me façam sentir saudades da minha adolescência quando me recordar deles no futuro.
Adenda: Há qualquer coisa que não está bem, aguarde-mos todos com calma, noticias sobre isto surgirão.

15 setembro, 2010

A 200%

É destes dias que eu gosto, hoje foi daqueles dias em que chego ao fim do dia e não tenho energia nenhuma, o meu cérebro fica intermitente como se se estivesse a apagar.
Hoje não que eu tenha feito por isso, mas o que aconteceu é que hoje tive daqueles dias em que tudo correu bem, correu tão bem que fiz ainda mais do que aquilo que queria fazer, claro que me refiro ao lado profissional, já que nos outros aspectos eu já nem espero nada.
Contudo a mensagem que quero deixar é que apesar de ser cansativo é destas alturas que eu mais gosto, tudo porque me deixa realizado, alegra-me cumprir os meus objectivos e ainda mais superá-los, apesar de eu estabelecer metas sempre muito altas, talvez por isso é que me transforma realizar mais do que planeio.
Assim sendo o dia foi magnifico, pelo menos nesse aspecto, porque foi daqueles dias em que tudo passa a voar, não tive um momento que seja de aborrecimento e isso é bom, claro que isso também me motiva para o dia de amanha, apesar de tudo aquilo que ainda tenho para fazer. Era bom que o dia de amanha corresse da mesma maneira, mas tenho um pressentimento que isso não vai acontecer.
Apesar de profissionalmente o dia ter sido fantástico, acho que em tudo o resto foi uma desgraça, mas isso fica para outro dia, hoje nem para esse lado me quero virar, melhores dias virão

14 setembro, 2010

Mais planos

Planos, é algo que já não faço á algum tempo, depois de uma vida Guida por planos feitos á posteriori aprendi que muitos desses planos não tem qualquer sentido se não fizermos por isso, e mesmo aqueles pelo qual fazemos nem sempre fazemos o necessário.
Começou na minha vida emocional, e sem outra alternativa vi-me quase que “zangado” comigo próprio porque fazia planos a mais, mais do que aqueles que podia realizar, depois de uma desilusão isso fez-me abrir os olhos e optei por adoptar essa meta em tudo o que á minha vida diz respeito, e bem que fiz, porque comecei a ser mais claro, a não desperdiçar tantas energias a pensar no futuro e utiliza-las para viver o presente.
Até hoje tenho vivido desta maneira, sem pensar no que futuro, agora penso que muitos imprevistos acontecem e muita coisa muda, o que hoje é uma certeza amanha deixa de o ser, por isso prefiro não fazer planos. Como é óbvio também penso no meu futuro, mas sempre com um senão, o de que possivelmente será assim mas nunca se sabe, até lá muito pode acontecer.
Mais recentemente e como ponto essencial da minha profissão e das minhas necessidades profissionais, tive de iniciar uma planificação como maneira de me organizar, eu já me considerava muito organizado mas agora até eu acho que já se pode considerar exagero, mas a verdade é que a isso me obrigam quando me impõem tanta responsabilidade, resultado final de tudo isto, é mais uma enorme lista de planos furados, por mais que queira há sempre algo que me escapa, há sempre algo que corre mal, há sempre algum imprevisto.
Costuma dizer-se que quanto mais depressa mais devagar, e hoje foi um dia em que isso se evidenciou ainda mais que o normal. Mas como sou uma pessoa cautelosa ainda tenho algo por onde me sigo, e que m ajuda a manter toda a minha sanidade mental naqueles momentos em que tudo aparece e para o qual não tenho tempo. Depressa e bem há pouco quem. É bem verdade, porque numa altura como estas em que tenho imenso que fazer é normal que erros aconteçam, claro que perfeccionista como sou, evito ao máximo que estes aconteçam, mas por favor, compreendam que não tenho duas cabeças e quatro braços, sou apenas uma pessoa normal que trabalha um bocado mais rápido que o normal, mas também é escusado pedirem-me tudo, já muito tenho eu para fazer, e se eu não posso alguém há-de fazer por mim, quanto a mim, eu tento fazer mais, mas também tenho limites, portanto dêem-me algum sossego.
Como se não bastasse, aparece sempre mais alguma coisa, desta vez para me dar mais trabalho ao cérebro, e novos planos começam a surgir, a vantagem de tudo isto é que eu aprendo a primeira e agora como pessoa nova que sou, tenho muito mais paciência e os planos que tendem a nascer na minha mente surgem sem validade o que significa que iram realizar-se mas ainda sem data prevista.

11 setembro, 2010

Carta de Despedida

Antes de mais nada, desculpa.
Quando estiveres a ler esta carta eu já não estarei por perto, por este tipo de despedida peço-te imensas desculpas, mas não poderia faze-lo de outra maneira.
Eu sei que estás incrédula e percebo o que sentes porque eu nunca foi uma pessoa que pudesse fazer uma coisa assim, e é por isso mesmo que te escrevo, para te dar uma explicação, para te dar os meus motivos.
Não te pedirei que me desculpes apenas que me entendas.
Esta minha ausência deve-se ao facto de que tudo está de pernas para o ar, eu já não sei quem sou, eu já não sei a onde pertenço, tudo isto são dúvidas na minha cabeça, duvidas que tenho vindo tentando a perceber mas até a este momento em que te escrevo não consegui perceber.
É frustrante para mim não perceber a minha vida, não perceber o que se passa a minha volta, não perceber como tudo mudou.
Acho que o principal motivo para esta minha fuga foi mesmo o facto de eu não ser a mesma pessoa que conheceste, eu mudei, durante muito tempo eu mudei, foi ganhando novos hábitos, novos pensamentos, novas maneiras de ver o que me rodeia, e agora eu sinto que não pertenço a nada disto, eu tenho vivido uma vida com que não me identifico, e não consigo mais continuar com esta mentira eu simplesmente quero esquecer tudo isto.
Por tua causa eu mudei, desde que te conheci eu mudei muito tornei-me uma pessoa que não era, deixei de fazer as coisas que gostava, deixei de ir a sítios onde ia, deixei de ver pessoas que sempre me fizeram feliz, tudo porque te amava, mas até isso tu conseguiste mudar, fizeste com que eu te amasse e agora fizeste com que eu perdesse todo esse desejo que tinha, incrível como conseguiste ser tão influente na minha vida, como deixei que alguém e manipulasse como tu fizeste. Isto mostrou ser uma fraqueza minha, uma fraqueza que não quero ter e que me fez questionar tudo aquilo que pensava ser, fizeste de mim a pessoa mais insignificante do mundo, mas o pior de tudo foi nunca teres percebido que eu não era a mesma pessoa.
Gostas de controlar tudo e todos, gosta que tudo gire a tua volta, mas por mim chega, por muito que te amasse não tinhas o direito de me fazer privar das coisas que mais me faziam feliz, não tinhas o direito de brincar com os meus sentimentos, não tinhas o direito de me menosprezar.
Tudo isto aconteceu por tua culpa, tudo isto porque é egoísta e só pensas em ti, só recorres a mim quando precisas de algo, é o teu maior defeito, defeito esse que eu sempre conheci mas que sempre tolerei, até hoje. Já não consigo mais viver esta mentira.
Nunca te desejarei mal, espero que sejas sempre muito feliz enquanto que eu irei procurar a minha felicidade longe daqui. Quero voltar a ser quem era, ter a vida que tinha mas sobretudo recuperar a minha alma.
Talvez um dia as nossas vidas se voltem a cruzar, mas para já desejo que isso não aconteça.
Até um dia destes.
P.S. Apesar de tudo ainda levo comigo boas recordações.

By M.

10 setembro, 2010

Depois de perder

Nove da manha, o despertador toca. Normalmente o ruído é ensurdecedor e a horas bem menos simpáticas, mas hoje é sábado, é dia de descanso e de quebrar a rotina, pelo menos aquela vivida durante a semana.
Olho para o lado e vejo a mulher que sempre está ao meu lado, só ela me faz feliz, só ela me consegue dar o que mais ninguém dá. Esboço um sorriso enquanto penso no quão sortudo sou por ter ao meu lado, alguém que me faz tão feliz.
Lentamente levanto-me da cama, não tenho porque correr, não tenho nada para fazer por isso o lema hoje é, vai fazendo.
E é assim que vou fazendo, já na cozinha, preparo algo que acabe com esta nossa fome. O meu forte não é a cozinha, mas um homem não tem de perceber de tudo, de todos os modos eu desenrasco-me.
Pequeno-almoço na cama para a princesa, mas antes um acordar com um beijo tão apaixonado como aquele primeiro, como recompensa recebo um sorriso do tamanho do mundo, são estas pequenas coisas que me fazem com que tudo valha a pena.
Entre umas dentadas e uns amaços lá conseguimos escapar daquela rocambolesca prisão que é a cama.
A manha já quase se esgotara e a vontade para voltar aos tachos era nenhuma, decisão tomada, vamos almoçar fora! Destino, o mesmo de sempre, o restaurante na cidade vizinha que serve uns grelhados fantásticos, e claro uma saladinha para a madame.
Sem muito que se lhe diga a refeição foi como em todas as outras ocasiões, muito igual.
De regresso ao nosso lar, voltamos á mesma história, amaços atrás de amaços e acabamos debaixo dos lençóis, nada que um homem não goste muito menos quando tudo está em harmonia. Por ser sábado toda esta canseira termina num breve sono.
Acordo, percebo que já estou sozinho, levanto-me, procuro por alguém naquela casa habitada apenas por dois seres, não encontro, deve ter saído para comprar algo, pensei eu, Segundo pensamento, o sofá espera-me.
Ligo a televisão tentando encontrar a posição certa no sofá, no meio de todas aquelas almofadas. Vou mudando de canais em sinal de aborrecimento, finalmente canso-me e escolho um canal qualquer, mas nem me chama a atenção, acabo por adormecer novamente, acordo horas depois, quase noite e procuro novamente por ela com um gritar do seu nome, sem resposta novamente, fico intrigado, talvez preocupado, mas mantenho a mesma atitude.
Enquanto vou esperando pensamentos negativos começam a surgir na minha cabeça, tento abstrair-me de todos eles e aguardo quase serenamente, um outro pensamento entra na minha cabeça mas desta vez para tomar algo do meu tempo.
“Que dias tão aborrecidos, estes sábados são sempre iguais, sempre a mesma rotina, já não chega os dias da semana, passo as tardes de sábado aqui estatelado neste sofá só porque a madame se lembra de me deixar aqui sozinho, que neura, estou cansado disto”
Levantei-me, preparei-me para sair e aqui vou eu, contacto uns amigos para noite diferente e a muito custo lá tenho alguma companhia. Conversa puxa conversa acabamos todos num bar noite dentro, resolvo finalmente regressar a casa de partida.
Ao chegar a casa algo estava diferente, algo faltava ali, algo que normalmente estava e agora já não, faltava todas as coisas dela, estranho, pensei, tento contacta-la mas sem sucesso, ligo para pessoas conhecidas e nada, ninguém sabia do seu paradeiro.
A noite foi longuíssima e os dias que lhe sucederam foram ainda piores, cada dia que passava a saudade apertava mais, arrancava um bocado do meu coração cada memória que tentava recordar.
Os dias foram passando, as semanas, os meses, desde aquele sábado nada fora igual, eu já não era a mesma pessoa, tudo tinha mudado mas mesmo assim eu continuava naquele sofá deitado como se nada de interessante houvesse neste mundo, estava deprimido sentia a falta dela, sentia que os sábados já não eram a mesma coisa, mesmo que passasse o dia no sofá, no final do mesmo ela viria e eu alegrava-me, agora mantinha-me no sofá mas ninguém vinha para me consular, nunca percebera que mesmo passando momentos a sós acabaria mais tarde por ter a sua companhia, a sua amizade, o seu amor. Uma lágrima começava a escorrer-me pela cara quando oiço, M. acorda, acorda, já é tarde, estou farta de estar na cama, vamos fazer algo diferente! Vamos passear no parque!
Abro os olhos e lá estava ela com aquele sorriso pelo qual me apaixonei.

by M.

09 setembro, 2010

És feliz?

Todos os dias queremos algo novo, algo diferente na nossa vida, todos os dias esperamos que seja melhor que o anterior mesmo que este já tenha sido fantástico, todos os dias queremos mais, queremos tudo, tudo o que não tivemos até então é agora desejado por nós, e para quê? Porquê?
Acontece com toda a gente, acontece porque temos em nós uma vontade de ser sempre melhor de ser sempre mais, de querer mais do que já temos.
Tenho andado ocupado a pensar no que quero ter, naquilo que poderá fazer-me mais feliz, naquilo que poderá mudar a minha vida, mas esqueço-me que o que realmente importa não é o que vou ter amanha mas sim o que já tenho hoje, é destas memórias, destas experiencias que sou como sou, que cresci e que tenho vontade de ter mais.
Não é fácil lidar com esta situação, não é fácil percebermos o que queremos ou o que podemos realmente ter.
A vida dá-nos tudo, a vida dá-me tudo e mesmo assim continuo a querer mais, mesmo assim falta-me sempre algo, esse algo que continuo á procura, esse algo que não sei se algum dia encontrarei é o motivo pelo qual eu tenho grande vontade de viver, não por aquilo que isso me dará, mas sim pela surpresa que poderá ser.
Questionaram-me sobre se alguma vez pensei havia pensado que em fazer algo que me fizesse realmente feliz.
É uma questão simples de responder, porque sim, acho que todos nós pensamos um pouco em todos os pormenores das nossas vidas, mas sinceramente acho que ainda não consigo perceber o que me faz realmente feliz, porque normalmente associamos a felicidade ao amor, a uma pessoa que esteja sempre ao nosso lado, uma pessoa que sinta por nós o mesmo que sentimos por ela, mas… Tenho duvidas, tenho duvida como em tudo na minha vida, tenho duvidas se o que me fará verdadeiramente feliz será uma pessoa, ou se esta minha felicidade será gerada por algo diferente de tudo o que até hoje imaginei.
É pela incerteza do futuro que não vale a pena andar-mos a perder tempo a pensar nele, há que aproveitar o dia-a-dia da melhor maneira, ou pelo menos á nossa maneira, porque o que a mim me faz feliz pode não fazer a outra pessoa.
Nesta minha cabeça cheia de incertezas mora ainda uma esperança de que tudo aquilo que faço está a contribuir para a minha felicidade, mesmo que esta seja apenas a minha felicidade.

Be yourself

Finally I had a good day, well, better than usual these last days, I don’t know if it was because of my want or if it was just a different day, but one thing I have sure, today I felt good, and everything seemed better when we are in peace.
Perhaps the cause of all of this was my want to change, I was tired of everything and nothing better than change something in our life.
Maybe it was just one day but it just depend of me continue with this good humor because for now I just want be calm and think about myself, I need my space, I need more time for me, I need think about everything in my life, I know that it can seem selfish, but all of we sometimes need this space, sometimes we need to be alone to think in everything, sometimes we need close our eyes to open again with a different way to see the life, to see all good things that we have in our life.
This text in English reflect my selfish, I know that not everybody understand so well English but today I felt the necessity of write in English, and I felt that it is my blog, my space and in my space I can do whatever I want.
So, I hope that this text doesn’t contribute for abandon your visits, and I promise that tomorrow I will write in Portuguese.
Today I’m fell better, I feel like a new person but it is not everything I continue thinking that something miss me, and I will looking for it but not now, when I feel that I ‘m ready I will, until now I want be like myself.

07 setembro, 2010

Time machine

Não importa quem somos, ou como somos, mas sim o que fazemos para o ser, podemos ser muito felizes, podemos ser muito saudáveis, podemos amar tudo aquilo que fazemos, podemos estar rodeados de pessoas, mas de que tudo isso serve, se o que vamos fazer amanha irá estragar tudo o que temos hoje.
Os nossos actos são parte de nós, sou estes que dão rumo á nossa vida, é por isso que o que hoje é uma certeza, amanha deixa de o ser, é por este motivo que devemos viver a vida sem pensar no que está para trás ou no que há-de vir.
Não importa se hoje me sinto triste, se ando desanimado, se ando aborrecido, se tudo parece escuro, o que interessa é que o dia de amanha poderá ser bem melhor, basta eu querer e fazer por isso.
“Estou cansado”, esta é uma das frases que mais tenho mencionado no meu passado mais próximo, e sim é verdade, sinto-me mesmo cansado de tudo, sinto que nada esta como quero e parece que nada irá estar, mas pensando bem, será que tenho feito algo para mudar isto? Provavelmente não, ou se o fiz, perdi-me nas intenções, ou perdi-me pelos outros. Tenho o péssimo hábito de me preocupar com os outros ou com aquilo que eles pensam ou fazem, os seus actos tem vindo a alterar a minha história, e não é isso que quero.
O que eu quero é acordar amanha e fazer o que a minha vida me guarda, já chega de viver uma vida que não é minha, quero mesmo esquecer, quero mesmo fazer da minha vida algo especial, quero recordar no futuro aquilo que fiz no passado e não me arrepender de não ter feito.
Chega! Já não posso mais com tudo isto, a vida pode ter muitas escolhas, mas cada um faz as suas, quem não é capaz de fazer as suas próprias escolhas, pelo menos não venha complicar as escolhas dos outros.
Adenda: Sim, estou zangado e sim, por culpa de quem? De quem não merece.

06 setembro, 2010

De: Cérebro Para: Coração

Caro coração,
Escrevo-te hoje para demonstrar o meu desagrado com esta situação.
Eu sei que tu também habitas neste corpo, mas mesmo assim eu ainda mando, e os últimos dias têm sido muito trabalhosos por estes lados, por tua culpa, tu que estás sempre a intrometer-te nas minhas escolhas.
Esses sentimentos que teimas em mostrar estão a ser complicados de gerir, tens de ser coerente e decidir-te de uma vez por todas, já chega de indecisões, já tens o suficiente para tomares uma decisão, sei que pode ser difícil de a tomares mas não podemos andar assim toda a vida, não vez o que se passa connosco? Não percebes, como a nossa vida mudou desde que esses teus sentimentos despertaram? Eu sei que as coisas são difíceis e que não depende só de ti, mas se não consegues resolver estes teus problemas eu terei de tomar uma posição e intrometer-me de uma forma mais lógica.
Caso necessites de algo basta enviares um sinal cá acima, cá estarei para o que for preciso, é para isso que cá estou.
Sem outro assunto despeço-me, ficando a aguardar que todo se resolva da melhor maneira, porque como tu sabes eu estou a par de tudo o que se passa.

Cumprimentos do teu saudoso
Cérebro

P.S.: Não deixes de ser quem és, tudo o que és faz de ti especial e se o que sentes é o que demonstras, estão corre atrás disso

03 setembro, 2010

Luz ao fundo

Acordei, sem saber onde estava. Olhei em volta, nada me era familiar. Estava escuro, muito escuro, o pouco que via não me dava mais que medo.
Enquanto olhava em volta tentado encontrar algo familiar, tentava recordar-me do que se passara até ali, até aquele instante em que acordara naquele sítio.
Num movimento instintivo, olho para o pulso, procurando por mais informações sobre o que se passava, o meu relógio havia desaparecido. O medo dentro de mim aumentava a cada instante, e começava a ficar sem reacção.
Era obvio que não sabia onde estava nem como fora ali parar.
O meu subconsciente começava a fazer suposições que nada me agravam, imaginava o que poderia ter acontecido, mas de nada servia, por muito que supusesse nunca iria ter certeza a menos que esta amnésia que sentia desaparecesse.
O medo aumentava e começava agora a lembrar-me de cenas fictícias do mundo da televisão na qual os autores em situações semelhantes haviam sofrido algum tipo de trauma.
Já não sabia o que pensar muito menos o que fazer. Num movimento de coragem levantei-me para tomar um rumo, as minha pernas com ausência de força tornavam a tarefa de me manter de pé bastante difícil, mas enchi-me de coragem e foi caminhando, caminhei durante algum tempo, mas não sei ao certo quanto, tudo a minha volta estava vazio, não por ausência de algo, mas sim porque o meu cérebro não consegui processar a informação que me chegava.
A certa altura comecei a vislumbrar uma brecha de luz, pensei, finalmente, alguém poderá ajudar-me, apressei-me quase correndo mas de nada me valia, a luz que via não era mais que um raio de sol a entrar-me pela janela.
É hora de acordar, pensei eu.

By M.

Os "ses" da minha vida

E se eu não fosse assim?
E se eu não fizesse isso?
E se eu não tivesse feito?
E se eu mudasse?
E se eu não pensasse assim?
E se eu não gostasse?
E se eu não conhecesse?
E se eu agi-se de outra, maneira?
E se eu não pensasse mais?
E se eu fosse frio?
E se eu esquecesse tudo?
E se eu estivesse calado?
E se eu não tivesse dito nada?
E se eu deixa-se de pensar nisto?
E se…?
E se no meio de uma conversa eu me recordasse bons momentos?
E se no meio dessa conversa falasse do que sinto?
E se no meio dessa mesma conversa disse-se as verdades?
E se no fim de tudo alguém me disse algo que me deixou a pensar nos ses da minha vida?
Agora pergunto-me eu, e se eu sou quem sou, porque devo mudar isso?

01 setembro, 2010

Só um gelado

-Mãe quero um gelado.
-Filhote hoje não, os gelados fazem mal á tua barriga.
-Mas porquê mãe, eu gosto de gelados, e a minha barriga não me dói.
-Não dói porque não comeste o gelado, mas se comeres vai doer, não queres ficar doente pois não?
-Não, mas apetece-me mesmo um gelado.
-Não, já disse que não.
-Mas mãe, por favor, compra-me lá um gelado.
-Não sejas teimoso, sabes bem que não te vou comprar.
-Oh então está bem, mas apetecia-me mesmo um gelado.
Mais tarde;
-Mãe vamos ao parque!
-Porque queres ir ao parque hoje?
-Apetece-me, vem comigo.
-Agora não, vamos mais logo.
-Mas mãe eu queria ir agora que está bom tempo, e logo vai estar escuro.
-Mas a mãe agora não pode, tenho de acabar umas coisas e depois vamos.
-Oh. Pronto, vou para o meu quarto.
Quase a noite:
-Filhote ainda queres ir ao parque?
-Sim mãe quero. Mas já é tarde não temos muito tempo.
-Sim, eu sei, mas vamos lá um bocadinho.
- Ok, estou a ir.
No parque:
-Mãe vamos sentarmo-nos num banco em frente ao lago.
-Tu hoje está mesmo chato, sim vamos.
No banco:
-Mãe, posso pousar a minha cabeça no teu colo?
-Claro que sim, mas o que se passa contigo? Não estás normal hoje.
-Tenho uma coisa para te dizer. Eu gosto muito de ti mãe, ás vezes posso ser muito chato, mas sabes que eu gosto muito de ti.
-Sim eu sei, mas porque estás a dizer isso agora?
-Mãe, o pai veio ver-me hoje, ele diz que precisa de mim á beira dele. Ele disse que hoje era o meu ultimo dia aqui e que logo á noite me viria buscar. Eu disse-lhe que não te queria deixar mas ele disse que tinha mesmo de ser. Ele disse para aproveitar bem o dia contigo mas para não te contar nada antes.
-Não filhote isso não pode ser, isso não vai acontecer.
-Vai sim mãe, o pai disse que já estava tudo tratado e que daqui a pouco me vinha buscar.
-Não eu não quero que vás.
-Mas eu não posso fazer nada, eu ainda sou pequeno.
-Pois és filho, mas vais crescer e vais ser um grande homem.
-Mãe! Eu queria aquele gelado, queria pela última vez sentar-me contigo a comer um gelado e a ver os patos a nadar no lago, queria mesmo ter vivido isso mais uma vez. Lembro-me que fazíamos isso muitas vezes quando o pai morreu, promete-me que farás isso quando eu for com o pai.
-Não digas asneiras. Amanha vamos comer o gelado ao beira do lago.
-Não mãe, amanha vai ser tarde. Adeus mãe, gosto muito de ti.

by M.

Burro! Eu?

O pensamento que tem dominado os meus tempos livres. "Que vida estúpida!"
Eu sei que não sou o único a pensar isto e que também não é a primeira vez que o faço, mas tenho andado tão desmotivado que sinceramente tem me custado acordar para trabalhar, apesar de eu gostar do que faço, ou melhor do que supostamente deveria fazer.
Pois bem, a começar pelo emprego que tem vindo a fugir um bocado dos eixos normais, ou dizendo de uma maneira mais directa, está uma autentica desorganização porque se faz tudo a correr, passando pelo horário estúpido que não me permite ter mais nada para ocupar o meu tempo, e para não bastar ainda tenho coisas na cabeça que tem de ser muito bem pensadas, mas começando do principio.
É frustrante trabalhar das oito da manha até as sete da tarde, é mesmo muito frustrante, principalmente agora que os dias estão a diminuir o que torna os dias menos produtivos, com isto os meus dias resumem-se, trabalhar, comer e dormir, e não estou a exagerar.
Depois das férias é normal que esteja um bocado menos bem disposto até porque as férias foram poucas, e isso tem-me deixado de rastos, sinto-me abatido e com vontade de fazer coisas novas, mas como não há tempo, a vida continua da mesma maneira.
A frustração do emprego tem-me desmotivado porque apesar de já ter avisado e tentar mudar esta má organização parece que ninguém me ouve e está tudo na mesma, mas o problema é que depois ninguém se entende, é uma chatice, devem achar que faço milagres, mas também vos digo já me chateei mais com isso do que agora, mas é motivo para se perguntar, mas o burro sou eu?
Como se não bastasse há algo dentro de mim que me puxa para um caminho enfadonho, cheio de percalços mas que me trás muito boas recordações, contudo este sinuoso caminho está constantemente a fazer-me perder a cabeça. ou melhor, perder o sentido, este é provavelmente o aspecto que não sei como solucionar, pois todos aqueles que referi acima são de fáceis decisões, agora em relação a este só tenho a dizer que é tão difícil porque se refere a sentimentos.
Preciso de uma mudança radical na minha vida mas ainda estou á procura do quê.