09 setembro, 2010

És feliz?

Todos os dias queremos algo novo, algo diferente na nossa vida, todos os dias esperamos que seja melhor que o anterior mesmo que este já tenha sido fantástico, todos os dias queremos mais, queremos tudo, tudo o que não tivemos até então é agora desejado por nós, e para quê? Porquê?
Acontece com toda a gente, acontece porque temos em nós uma vontade de ser sempre melhor de ser sempre mais, de querer mais do que já temos.
Tenho andado ocupado a pensar no que quero ter, naquilo que poderá fazer-me mais feliz, naquilo que poderá mudar a minha vida, mas esqueço-me que o que realmente importa não é o que vou ter amanha mas sim o que já tenho hoje, é destas memórias, destas experiencias que sou como sou, que cresci e que tenho vontade de ter mais.
Não é fácil lidar com esta situação, não é fácil percebermos o que queremos ou o que podemos realmente ter.
A vida dá-nos tudo, a vida dá-me tudo e mesmo assim continuo a querer mais, mesmo assim falta-me sempre algo, esse algo que continuo á procura, esse algo que não sei se algum dia encontrarei é o motivo pelo qual eu tenho grande vontade de viver, não por aquilo que isso me dará, mas sim pela surpresa que poderá ser.
Questionaram-me sobre se alguma vez pensei havia pensado que em fazer algo que me fizesse realmente feliz.
É uma questão simples de responder, porque sim, acho que todos nós pensamos um pouco em todos os pormenores das nossas vidas, mas sinceramente acho que ainda não consigo perceber o que me faz realmente feliz, porque normalmente associamos a felicidade ao amor, a uma pessoa que esteja sempre ao nosso lado, uma pessoa que sinta por nós o mesmo que sentimos por ela, mas… Tenho duvidas, tenho duvida como em tudo na minha vida, tenho duvidas se o que me fará verdadeiramente feliz será uma pessoa, ou se esta minha felicidade será gerada por algo diferente de tudo o que até hoje imaginei.
É pela incerteza do futuro que não vale a pena andar-mos a perder tempo a pensar nele, há que aproveitar o dia-a-dia da melhor maneira, ou pelo menos á nossa maneira, porque o que a mim me faz feliz pode não fazer a outra pessoa.
Nesta minha cabeça cheia de incertezas mora ainda uma esperança de que tudo aquilo que faço está a contribuir para a minha felicidade, mesmo que esta seja apenas a minha felicidade.

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