03 setembro, 2010

Luz ao fundo

Acordei, sem saber onde estava. Olhei em volta, nada me era familiar. Estava escuro, muito escuro, o pouco que via não me dava mais que medo.
Enquanto olhava em volta tentado encontrar algo familiar, tentava recordar-me do que se passara até ali, até aquele instante em que acordara naquele sítio.
Num movimento instintivo, olho para o pulso, procurando por mais informações sobre o que se passava, o meu relógio havia desaparecido. O medo dentro de mim aumentava a cada instante, e começava a ficar sem reacção.
Era obvio que não sabia onde estava nem como fora ali parar.
O meu subconsciente começava a fazer suposições que nada me agravam, imaginava o que poderia ter acontecido, mas de nada servia, por muito que supusesse nunca iria ter certeza a menos que esta amnésia que sentia desaparecesse.
O medo aumentava e começava agora a lembrar-me de cenas fictícias do mundo da televisão na qual os autores em situações semelhantes haviam sofrido algum tipo de trauma.
Já não sabia o que pensar muito menos o que fazer. Num movimento de coragem levantei-me para tomar um rumo, as minha pernas com ausência de força tornavam a tarefa de me manter de pé bastante difícil, mas enchi-me de coragem e foi caminhando, caminhei durante algum tempo, mas não sei ao certo quanto, tudo a minha volta estava vazio, não por ausência de algo, mas sim porque o meu cérebro não consegui processar a informação que me chegava.
A certa altura comecei a vislumbrar uma brecha de luz, pensei, finalmente, alguém poderá ajudar-me, apressei-me quase correndo mas de nada me valia, a luz que via não era mais que um raio de sol a entrar-me pela janela.
É hora de acordar, pensei eu.

By M.

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