23 julho, 2010

E depois?

Tento viver a vida como uma pessoa normal, mas sempre sentindo a diferença. Não é fácil ser diferente num mundo de iguais, é preciso que esses iguais aceitem essa diferença como uma igualdade, o que não acontece.
Todos somos diferentes, e por muito que se queiramos ser como os outros isso nunca acontece, todos temos algo dentro de nós que nos torna únicos.
Quando nascemos seguimos uma educação que normalmente é nos dada pelos nossos pais e parentes mais próximos, assim acabamos por ser formatado á medida do que eles desejam e não daquilo que queremos, no entanto quando ganhamos algum sentido de vida tentamos mudar tudo aquilo que nos ensinaram, mas esse trabalho é muito mais difícil quando já existe algum hábito diferente.
Quando somos jovens todos passamos por uma fase difícil, é aquela em que começamos a querer mostrar alguma diferença, no entanto ainda não temos o necessário para levar a cabo essa, por isso é muito comum fazermos asneira.
Quando ganhamos algum sentido e responsabilidade, podemos então mostrar a nossa diferença para o mundo, podemos tornar-nos únicos, podemos ter o nosso próprio carácter e fazer aquilo que nos fará ser lembrados.
Estou cansado de ver pessoas sem sentido de vida, e pior que isso sem vontade de mudar, enerva-me ver pessoas comodistas, que se limitam a fazer o mesmo que fazem os outros, sem objectivos de vida.
Quando for grande quero ser famoso, quero mostrar a minha diferença, quero ser alguém importante, quero que os outros oiçam o meu nome e saibam de quem estão a falar, não quero ser mais um desconhecido neste mundo cheio de oportunidades.
Vejo no mundo um sem número de oportunidades para tudo aquilo que quero, um sem número de possibilidades, um sem número de razoes, quero ser eu, quero ser diferente.
Prezo muito a educação que tenho, e poucas são as coisas que mudaria, porque percebo o rumo natural da vida, mas se possível fosse seguir o meu rumo desde pequeno, já mais oportunidades teria aproveitado, no entanto, aproveitei as necessárias para me fazer crescer, para me fazer quem sou, mas sem duvida que ainda mais oportunidades vou ter, estou no inicio da minha vida e tenho a vontade para fazer muito mais do que pensam de mim, posso fazer tudo aquilo que quero, posso ser arquitecto, posso ser bombeiro, policia, ladrão ou então não fazer nenhum, para seguir cada um destes caminhos só eu posso escolher, só eu sou responsável.
E quando morrer?
Quando morrer, não vou estar morto, fisicamente vou desaparecer como todos, mas quero ser lembrado, e nunca esquecido, quero ser imortal, quero que todos saibam quem sou, quero que o meu nome apareça em livros, quero que o meu nome seja o de alguém que fez algo pelo mundo, alguém que transformou, mesmo que pouco, o mundo onde viveu, porque de pequenas mudanças se faz um novo mundo.
Esperanças são muitas, até pode parecer uma meta difícil de atingir mas á muito que posso fazer, para isso ser eu mesmo.
Um dia serei lembrado, mas até lá farei com que não se esqueçam que existo, que sou único.
By M.
20 Julho 1995

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