18 julho, 2010

Palavras para quê?

A vontade da minha alma em tocar a tua mão sobre aquela mesa nomadamente iluminada, era tão grande que perdera o sentido da minha orientação, as minhas palavras trémulas contrastavam com a calma do teu á vontade.
Não sei se por culpa da tua beleza, ou se por aquilo que sempre significaste para mim, mas é certo que aquela refeição deliciosa, perdera todo o seu sabor, só porque todas as minhas energias estavam direccionadas para o meu olhar, os meus olhos transpareciam aquilo que queria dizer mas não tinha como, os meus actos mostravam o medo que me envolvia.
O simples facto de seres uma mulher deixa-me desconfortável, mas o que mais reforça este sentimento é aquilo que espero de ti.
Já havia dito aquilo que me tu fazias com o meu coração mas naquele momento nada disso importava, a tua companhia tornava o meu dia mais especial.
Gostava que todos aqueles segundos se prolongassem por horas, que a imagem que via naquele momento pudesse ser vista muitas mais vezes, não apenas em recordações, mas dar-me o prazer de deslumbrar novamente da tua companhia faz-me ter uma nova vontade de viver.
Enquanto degustávamos todo aquele requinte, apreciando o momento tão invulgar, tudo á nossa volta era ignorado.
Após muita hesitação ganhei a coragem necessária para fazer os meus dedos tocarem os teus, com muito custo e a medo, a minha mão foi procurando a tua, até que estas se encontraram. Mesmo não sendo a coisa mais importante do mundo, há coisas que nunca se esquecem, e essas são as simplicidades da vida, aquele momento foi como que um projectar de uma imagem na minha mente uma imagem que não esqueço.
O sentir a suavidade da tua pele deixou-me mais calmo, mais confiante, e isso fez-me ganhar coragem para o que queria revelar.
Enchi o peito de ar, olhei os teus olhos fixamente, e as palavras começaram a sair, mas por muito que procurasse as palavras certas, achava sempre que estas não eras as correctas, foi então que foi directo ao assunto.
-Eu amo-te!

by M.

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