18 julho, 2011

Seiscentos dias depois.

Dia 18 de Julho de 2011, seiscentos dias depois do dia 25 de Novembro de 2009.
Estes seiscentos dias foram aqueles em que me dediquei a uma empresa, aqueles em que iniciei a minha vida profissional após a conclusão daquele que para mim continua a ser o melhor curso do mundo.
Em 2009 tive a sorte de encontrar um emprego pouco depois de terminar os estudos, melhor ainda, esse emprego seria na área em que eu queria mesmo trabalhar.
Durante todo este tempo, eu conheci a realidade das empresas, comecei a entender como funcionam verdadeiramente os casos reais depois de muitos anos a aprender a utopia de um projecto.
Nestes meses que me dediquei a esta empresa sempre dei o meu melhor, sempre me esforcei para melhorar o que a empresa tinha de mal, e nunca em caso algum foi chamado a atenção por algo que fizera de mal.
Durante estes meses assumi um papel que não deveria, assumi responsabilidades demasiadas, mas disso não me arrependo, fiz o que devia ser feito e dei sempre o meu melhor.
Este período serviu para aprender muito, para me tornar melhor profissional, no entanto tudo tem um fim, e este é o meu fim nesta empresa, depois de todo este tempo a desvinculação foi a melhor opção, mesmo tendo mostrado interesse em continuar a fazer o trabalho que tenho vindo a realizar este seria o desfecho mais provável, primeiro porque o meu trabalho não é valorizado, segundo porque o meu preço não corresponde com o preço que me dão.
E é assim que termina de forma fácil um trabalho começado a mais de um ano. Se estou arrependido? Não estou! Estou a precisar de mudar de ares. Se queria cá ficar? Não queria, não me sinto confortável a trabalhar com pessoas que não me valorizam. Se Estou preocupado com a minha situação? Também não, não estou porque estou disposto a qualquer coisa, desde que goste.
Assim sendo, a partir de amanha, sou mais um desempregado, desempregado mas não inútil, existe já um projecto ao qual me vou dedicar nos próximos tempos, mas isso contarei quando chegar a altura.
Relativamente ao cargo que vou deixar, foi um bom inicio de carreira na qual aprendi muito, talvez um pouco mais do que devida acerca dos maus exemplos de empresas, no entanto o meu dever foi cumprido, e agora nada mais do que recordações terei. Não ficarei com remorsos de deixar a empresa, muito menos daquilo que ficou por fazer, eu fiz aquilo que pude, no entanto e apesar do meu esforço, muito ficou ainda em branco, principalmente a mentalidade daqueles acima de mim, mas quanto a isso não há nada que eu pudesse fazer, nem mesmo eu que em tempos pensei possível.
Quanto ao meu futuro, não tenho medo do que virá, acredito que o que quer que venha, estarei preparado, eu conheço o meu valor.
Adenda1: A partir de amanha vou aproveitar os primeiros dias para um merecido descanso, um ano e oito meses depois, portanto é provável que esteja ausente por estas bandas, mas eu volto.
Adenda2: Sou um designer mais completo depois deste tempo de trabalho o que significa que tenho valor, e só perde quem não me dá esse devido.

6 comentários:

  1. Parabéns por não permitires que coloquem em causa o teu valor, e por o defenderes no matter what.

    Acredito que vais ter uma oportunidade ao teu nível!

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  2. Por vezes temos de bater o pé, certas pessoas têm de perceber que tal como elas nós também temos objectivos.

    Obrigado por essas palavras, vou fazer por correr atrás de novas oportunidades

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  3. Muito bem. És cá dos meus. O ano passado também me desvinculei de uma empresa com a qual não me identificava. Apesar de ter desempenhado o meu papel nela muito bem, tendo sempre nos 2 anos ultrapassado os objectivos, nunca fui valorizada!! O meu chefe tratava-me quase como uma anormal, e só se importava com ele e os objectivos dele sem se lembrar que para que os dele fossem atingidos teria que eu e as minhas colegas atingirem também, e nunca fomentou isto. Tratava-nos mesmo como se fossemos burras. 2 anos depois eu disse chega, não estou para isto, mesmo com 43 anos arrisquei. Não me arrependo, acho que quando não estamos bem, temos mais é que mudar!! Parabéns!!! E boa sorte!!

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  4. Luisinha, vejo nessa descrição o meu patrão, e acho uma falta de respeito para quem trabalha não ser valorizado, os patrões por vezes esquecem-se que só são algo devido ás pessoas que tem a volta deles.
    Eu não concordo com as ideologias das entidades patronais destes dias, aproveitam-se de tudo e todos. Não posso compactuar com isso.
    Não tenho medo de trabalho.

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  5. Sabes, sou apologista que de quando em vez há murros que têm que ser dados em cima da mesa...
    Fica bem

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  6. É preciso teres uma enorme coragem para fazeres o que fizeste!
    Admiro-te por isso!
    Vê-se que não caíste na facilidade e que não tomaste essa decisão de ânimo leve...
    Desejo-te bastante sorte nesta tua nova empreitada!

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