10 maio, 2010

Amor????

Entre muitas cervejas, lá encontrei eu um momento de sobriedade ontem a tarde, e nada melhor que celebrar esse tempinho com uma pequena discussão com a menina do costume, mas com a qual eu adoro debater, para ti um beijo.
Pois bem o tema ontem foi o amor e a existência do mesmo na nossa vida. Já me tinha questionado sobre este tema á bem pouco tempo. Houve uma altura em que eu pensava que existia esse tipo de sentimento, mas acho que as divergências da vida nos fazem mudar de opinião.
Portanto neste momento da minha vida acredito que o único amor que existe é aquele que nos é dado pelos nossos pais, esse é o único verdadeiro e eterno, é porque são eles os culpados por respirarmos, o amor, pais/filhos e filhos/pais são os únicos amores que acredito.
Por culpa de alguém? Muito provavelmente, mas acho que no estado que vejo esta sociedade cada vez acredito mais nesta minha ideologia.
Podem lá dizer o que quiserem, mas o amor entre aquelas pessoas com não têm uma ligação familiar, não existe.
Se conseguissem ler os meus pensamentos quando vejo um casalinho todo apaixonado, iriam rir-se tanto como eu. Ok, se calhar eu exagero um bocado, mas acho que essa ligação que existe entre duas pessoas não é assim tão verdadeira, resulta apenas quando existe respeito e confiança, mas nada mais que isso, não vejo ninguém fazer por outra pessoa o que uma mãe ou um pai faria.
Disse-me a outra senhora, amar é preocupar-se mais com a outra pessoa do que connosco próprios, e agora eu pergunto-me, será que alguém é capaz de o fazer? Eu não acredito, mesmo que se diga essas coisas, acho que na realidade não funcionaria bem assim.
Contudo eu já pensei assim, e para quê? Para nada, o amor não é mais que uma palavra que define aquilo que queremos que seja verdade, mas não é necessariamente verdade...
Sim eu escrevi este texto revoltado, e sim é por culpa de uma raparigas... Provavelmente não foi a melhor experiencia que tive, mas de qualquer maneira, também eu já pensei que me preocupava mais com ela do que comigo, resultado? Nem um nem outro nos encontramos no mesmo barco agora. Onde está esse amor que aqui a uns tempos era verdade??????
Adenda: Obrigado menina da discussão, se eu podia viver sem ti? Podia, mas não era a mesma coisa.

12 comentários:

  1. Com 22 anos e já a dizer que o amor não existe... não te parece um bocado de exagero?
    É normal quando estamos magoados, desiludidos e chateados com a vida pensarmos que vai ser sempre assim e andarmos um bocado incrédulos. Mas a vida dá tantas voltas! Quando eu olho para trás e penso nas desilusões amorosas que (achei) que tive até me dá vontade de rir.

    O amor existe sim, e não tem de ser necessariamente o dos pais. A minha mãe saíu de casa tinha eu 6 anos e o meu irmão 2 e nunca mais nos procurou. É este o amor que tu dizes que é o único verdadeiro?
    Já tive namorados que fizeram muito mais por mim na vida que a minha própria mãe!

    Adiante, és muito novo, ainda vais conhecer muita gente na vida, ainda vais sentir muitos "amores", ainda te vais desiludir muitas vezes, e ainda vais perceber que o amor verdadeiro existe sim, e depois vais olhar para trás e rir disto tudo, como eu me rio.

    beijinhos

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  2. fiquei magoado sim, mas isso só fez com que percebesse como são as pessoas, e isso vai continuar a ser verdade, por muito que me apaixone não vou esquecer a experiência que tive. Só por isso já me questiono o verdadeiro significado da palavra, mas cada um é livre de pensar como quiser, eu não acredito no amor...

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  3. Mas eu até te entendo, e acredita que já me desiludi muitas vezes e também já deixei de confiar nos outros muitas vezes. E todos os dias continuo a levar patadas daqui e dali.
    E eu sei que há coisas que não se esquecem, e ainda bem, porque só assim é que aprendemos lições.
    O que eu quis dizer é que, cada vez que temos uma desilusão, achamos sempre que é a maior e que nunca mais vamos sentir nada igual. Mas com o tempo e com a idade, vamos percebendo que tudo passa - podemos não esquecer, mas passa - e outras pessoas vão surgindo.

    Claro que isto também é apenas a minha opinião baseada na minha própria experiência, cada um tem a sua. Porque aos 20 anos eu também achava que já tinha sofrido tudo e sentido tudo. No entanto hoje, aos 38, sei que ainda nem vivi metade.

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  4. não infelizmente eu sei que ainda não sofri nem um bocadinho do que ainda vou sofrer... mas ter esta certeza aos 22 acho que não é muito positivo... só mostra o caos em que está a sociedade...

    Mas também ainda vou ser muito feliz... tenho a certeza, e isso só depende de mim

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  5. Apesar dos pesares, eu ainda acredito no amor.
    Nem sempre há reciprocidade, é verdade. Mas mesmo assim, não deixa de ser...

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  6. Ainda bem que ainda há quem acredite...

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  7. Nisso tens razão,o verdadeiro amor é aquele que recebemos dos nossos pais e avós.
    E supostamente amor é preocuparmo-nos mais com o outro do que com nós proprios(somos todos demasiados egoístas para tal nos dias que correm)..até seria...se fosse igual dos dois lados...e eu também acho eu não é.

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  8. não é nem pode ser... eu nunca faria por ninguém o que faria pelos meus pais... Por muito que goste dessa pessoa... muito menos agora que cada dia que passa é mais uma desilusão que sofro...

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  9. Incrivelmente as pessoas tem tendência para colocar certos sentimentos em níveis diferentes (ás vezes mais elevados uns e mais baixos outros) baseando-se (consciente ou inconscientemente) nas suas experiências de vida. Essas experiências acabam sempre por moldar a nossa percepção de realidade.
    Não quero dar uma de espertinha, até porque não sou nada a mais que ninguém, mas na minha opinião, amor quando é amor verdadeiro,puro, genuíno, não importa se é sentido por pais e filhos, por duas pessoas que namoram ou até entre irmãos porque a sua essência será exactamente a mesma, mas com formas de diferentes de serem sentidas\vividas, isto porque se "ajusta" a cada tipo de relação. No entanto quando sentes esse amor não te importa se é pai ou mãe, namorado\a ou irmão\ã. Simplesmente sabes que amas aquela pessoa, o que consequentemente faz com que queiras faças tudo por ela. Essa pessoa torna-se demasiado importante para ti por isso queres vê-la feliz e fazes o que tiver ao teu alcance para que isso seja possível. A diferença é que na relação pais-filhos o sentimento vai-se desenvolvendo continuamente desde muito cedo (quando somos crianças), e como é uma relação em que à partida ambos querem melhor para o outro, vão-se ajudando mutuamente e se desenvolvendo,aprendendo entre si... Daí ser uma relação muito muito forte e especial. (Mas também podemos observar hoje em dia relações dessas que são tudo menos baseadas em amor)

    Depois o problema é que nos dias de hoje, a sociedade tem uma percepção das coisas que é baseada não pelos seus verdadeiros valores, mas pelo próprio ambiente que a rodeia. Já reparas-te na quantidade de pessoas que desenvolvem uma relação em que cada um é bastante exigente no que toca a receber e nem sempre o é no que se refere a dar?
    Ás vezes acabam por se esquecer que se ambos adoptaram a posição de dar sem receber nada em troca, ambos acabarão por estar a receber ...
    Bem, mas não vou divagar mais até porque isto são apenas as minhas opiniões.

    Não desistas do sentimento mais bonito que o ser humano é capaz de sentir porque independentemente, de ser Amor por uma pessoa, Amor por uma profissão, amor por um animal (etc) é esse sentimento que te vai constantemente fazer evoluir, querer ser sempre mais e melhor...

    E sim, para mim, ainda existe muita gente capaz de sentir esse sentimento (não apenas numa relação entre pais e filhos...)

    Espero que te encontres bem. :)

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  10. Senti a tua falta por aqui (comentários), mais uma vez, com os teus comentários, consegues deixar-me a pensar e por estes meus neurónios a trabalhar, o que é bom.

    Obrigado pelo comentário, espero que esteja tudo bem contigo!

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  11. Olá micróbio... :) Ainda bem que as minhas palavras surtiram esse efeito em ti... Já diz a sábia citação: "Quando falares, faz com que as tuas palavras sejam melhores do que o teu silêncio"... Com isto não quero dizer, que tenho razão naquilo que disse, porque não passa da minha opinião, mas sim que pelo menos vale a pena dizer aquilo que sentimos e isso fazer as outros pessoas pensarem, questionarem-se, mesmo que nem sequer seja para concordar connosco. Aliás porque como tu disseste e muito bem na resposta ao teu post novas realidades, não pensamos todos da mesma maneira.

    Confesso que também já tinha saudades de cá dar um salto, tenho andado bastante ausente ultimamente, mas sempre que posso vejo as actualizações dos blog's que sigo. (Neste caso o teu). E como também escreves-te sobre um assunto que me atraiu particularmente, senti necessidade comentar.
    Não me interpretes mal, mas a verdade é que também não sou muito apologista de comentar post's por comentar, faço-o quando de alguma maneira o post "me diz" alguma coisa... ;)

    Para terminar, respondendo à tua pergunta, comigo está tudo tranquilo, obrigado! :)

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  12. Como é sabido, também eu não comento por comentar, comento quando acho que aquilo que posso escrever pode fazer alguma diferença, quando posso dar uma parte daquilo que sou a alguem que me conseguir dar algo.

    Feliz em saber que os meus seguidores se encontram tão bem ou melhor do que eu!

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