Tricentésimo sexagésimo dia do ano de dois mil e dez, que é como quem diz um dia desta semana, mais coisa menos coisa, tivera eu um acordar frio, gélido portanto, coisa nada anormal nesta altura do ano, nada anormal nesta terra mas pouco comum para uma alma como a minha.
Tricentésimo sexagésimo quarto dia do ano de dois mil e dez, que é como quem diz, hoje, o frio continua, nada anormal atendendo ao facto de que só passaram uns meros dias, mas contudo o acordar deixou de ser gélido, foi um acordar quente, um acordar iluminado, um acordar sem vontade de dormir.
O frio mantém-se, continua a chover, nada de anormal no inverno, isso é certo, dias com vinte e quatro horas como todos os outros, mas uma coisa difere neste dois dias, coisa simples, capaz de modificar todos os minutos dessas vinte e quatro horas, algo que mais do que fazer esquecer o frio faz com que consiga ver um dia lindo pela frente. Não importa se está a chover, não importa se está frio, não importa se tenho sono.
A grande diferença entre estes últimos dias e o dia de hoje, foi aquilo a que chamo "sorriso estúpido" na cara, mas esse sorriso faz com que tudo valha a pena.
Adenda1: Para quem leu a carta que deixei ao Pai Natal informo vossas excelências que o meu pedido foi concedido, e ele veio mesmo e veio no dia que eu enumerei, afinal ainda vale a pena portar-me bem durante todos estes anos.
Adenda2: Um simples obrigado foi a única coisa que consegui dizer, fiquei sem palavras.
Adenda3: Não esperava um desfecho de ano como este, talvez isso faça com que valha mais a pena.
Adenda4: Upsss, she speaks Portuguese!
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