Hoje vou escrever sobre o amor, esse lindo tema que nos desperta tantas sensações e ainda mais fascínio (por vezes). Por "culpa da Miss Kitty, do blog "Perturbações de (Hu)amor" eu tinha de cá vir escrever algo sobre tal tema, mesmo tendo concordado em certa parte com aquilo que foi escrito, há ainda uma parte de mim que necessita mostrar a seu carácter.
Ora então, concordando com a fase enumerada do enamoramento, em que tudo parece perfeito no entanto nesta fase não se pode ter certezas, pelo menos assim pensa a maioria das pessoas e é nesta fase que entra a minha visão global do assunto.
É certo que na fase inicial do namoro exista um conhecimento mutuo uma fase em que tudo é uma descoberta e que as pessoas fazem de tudo para agradar o outro no entanto e para muitas destas pessoas essa fase acaba por desaparecer tempos depois, o que em minha opinião é um erro, não da relação, mas sim por culpa das pessoas que nela estão envolvidas, e digo isto por experiência própria.
Não importa quanto tempo tenha uma relação, não importa se já se conhecem á um ou á vinte anos, nada disso importa, mas sim a maneira como as pessoas vêem a sua relação.
Tenho ultimamente, mais frequentemente, pensado neste aspecto e tenho de se concluir para mim mesmo que tal como não existem pessoas perfeitas também não podem existir relações tais, portanto o grande problema daqueles que se dizem cansados de alguém não é mais do que uma desculpa para aquilo que nunca quiseram.
Eu defendo que qualquer pessoa se pode apaixonar por uma outra desde que para isso esteja aberta, aquela velha história de que nem que fosse a ultima pessoa á face da terra eu me apaixonaria não existe, e tudo porque nós enquanto pessoas sentimos a necessidade de ter alguém ao nosso lado, mesmo sendo pessoas solitárias, todos nós precisamos de alguém. As pessoas apaixonam-se por três motivos, primeiro, porque sentem falta de algo na vida, segundo porque se mostram disponíveis para uma abertura diferente do normal e por ultimo porque surge a oportunidade ou a pessoa que poderá preencher os requisitos anteriores. Portanto, não é preciso haver uma pessoa especial para que estes três pontos estejam em sintonia, mas sim apenas uma disponibilidade mental para tal.
Todos nós, por mais independentes que sejamos e por mais solitários acabamos sempre por sentir a necessidade de ter alguém por perto, alguém que mostre disponibilidade infindável para os nosso problemas, para as nossas necessidades, essa necessidade leva-nos ao ponto em que precisamos de nos sentir abertos para o mundo, acessíveis para uma possível interacção com outra pessoa, pois não basta necessitar de alguém e ter por perto essa mesma pessoa mas é também necessário ter-mos a disponibilidade para ceder o nosso espaço para um outro ser, por ultimo, surge a oportunidade, ou seja, o acontecimento que junta duas pessoas na mesma situação, duas pessoas com a necessidade de ter alguém para preencher um espaço, duas pessoas com a disponibilidade para arriscar numa relação.
Por fim depois de todo este processo, não basta apenas conviver com essa mesma pessoa, mas sim abdicar de uma parte de nós em prol de uma parte conjunta e essa é a parte mais difícil de uma relação, muito mais do que aquilo que a anteviu, a fase de união entre as duas pessoas é aquela que requer mais esforço e dedicação.
Nos tempos que correr, na minha perspectiva, o grande problema do fracasso das relações deve-se ao facto de que as pessoas não se mostram disponíveis para abdicar dos seus caprichos para uma outra pessoa.
Quanto a mim tenho de acrescentar que me vejo numa relação de pouco tempo o que pode influenciar esta minha opinião mas antes que seja apedrejado por esta minha afirmação, as relações vêem-se pela disponibilidade que as pessoas mostram e não pelos estereótipos criados pela sociedade, portanto não existe uma altura certa para sexo, não existe uma data para dar conhecimento á família, não há dia certo para viver com aquela pessoa de quem se gosta, porque quando se gosta ultrapassa-se tudo por aquela pessoa de quem gostamos.
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