11 agosto, 2010

Férias 11 meses

Dei por mim a perguntar-me, e se eu agora chegasse a casa e tivesse a obrigação de falar com uma outra pessoa? E se eu não pudesse trabalhar até estas horas sem ter de dar uma satisfação a alguém?
Pois bem as respostas parecem-me obvias, simplesmente não posso ter mais ninguém na minha vida. A maior parte da minha vida passo-a a trabalhar, e as horas que tenho livres, são poucas para satisfazer as minhas necessidades, isto quando não tenho de trabalhar horas a mais que o normal. Pois é, verdade verdadinha é que eu agora não tenho tempo livre para nada, valha-me pelo menos o fim-de-semana para poder fazer algo diferente com os amigos.
O motivo deste texto, por um lado é dar voz á minha insatisfação pelo facto de trabalhar horas a mais, mas um outro motivo é mostrar o valor da liberdade que tenho neste momento.
Não é que eu queira agradecer por neste momento ter a liberdade que tenho, porque há coisas que me fazem falta, mas isso é outra historia, contudo, esta liberdade é sem duvida uma dádiva, tanto para mim como para alguém que pudesse estar na minha vida, isto porque nem eu tenho tempo, nem após o trabalho teria a cabeça no sitio certo para dar a atenção devida a alguém que merecesse, isso só iria causar sofrimento, portanto, esta é uma boa fase na minha vida.
Apesar de estar satisfeito com o que tenho vivido, uma coisa tenho a certeza, este ritmo de vida não pode ser tornado hábito, primeiro porque o receptáculo onde me encontro não aguenta este andamento, segundo porque o stress e as correrias do dia-a-dia dão cabo da minha cabeça e terceiro porque deixei de ter uma vida social.
Vejo esta fase como algo passageiro e dentro de algum tempo irei ter mais sossego, mas até lá há muito para fazer.
Analisando todo este percurso, acho que estou a funcionar ao contrário dos outros, não tive muitas preocupações até á pouco tempo, e prevejo que estas preocupações se vão dentro de um mês, o que quer dizer, que enquanto os outros estão de férias eu estou completamente atolado de trabalho, e que quando tudo voltar á vida normal eu irei descansar um pouco mais.
Vendo pelo lado bom, vou ter mais tempo de sossego.

2 comentários:

  1. TU ES UM VALENTE.
    Digo-te, desde já, que eu não aguentava. Estes trabalhos, em temos que pôr de parte a nossa vida social, para mim não servem. Se estivesse na tua situação estava neste momento a chorar baba e ranho e muito possivelmente a escrever a minha carta de demissão. Portanto, sim. Es um valente! :)
    Beijo

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  2. Valente não! Sou responsável, e quando as coisas tem de ser feitas, á que faze-las, mas tudo tem limites.
    Apesar de tudo esta pressão que me impõem só me torna mais forte, porque nunca desisti de nada e não vai ser agora, quando tenho um obstáculo só tenho de respirar fundo e acalmar-me, assim consigo fazer as coisas mais facilmente.

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