08 abril, 2010

Pedrada no cérebro

Era agora mesmo, nem preciso mais, um prego no meio da testa era o ideal.
Mas porque é que teimam em pôr-me mal disposto, que me lembre não matei ninguém, mania que as pessoas têm de se meter na vida dos outros, podia eu muito bem, estar descansadinho no um canto sem chatear ninguém, mas não, em vez de isso, só me aparece destas tristes criaturas. Estou a ficar cansado destes muito bons estados de espírito, de certeza que não falta muito para alguém me ouvir gritar, o que não é nada agradável.
Compreendo que não gostem da minha pessoa, mas tal como não gosto de ninguém gostaria que me respeitassem, se não fosse pedir muito.
Já lá vai o tempo que desiludia as pessoas, agora nem para aí, já nem lhes dou esse gosto, não funciono com o “quanto mais me bates mais eu gosto de ti”, esqueçam lá isso.
Para bater em alguém estou cá eu, e o primeiro da fila sou eu próprio, isso sim era de valor, espancado verdadeiramente, com direito a uma estadia de no mínimo um mês nos cuidados intensivos. Umas verdadeiras férias.
Mas bom, bom, seria alguém a oferecer-me essa tal estadia. Mas só aderindo aquela frase bíblica, “quem for melhor que eu, que atire a primeira pedra”.
Como isso não vai acontecer, peço que me deixem também de me mandar pedradas ao cérebro, estas coisas não matam mas ferem, e pedrada por pedrada prefiro ser eu o autor do arremesso, aliás, como tem sido comum.

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