Não sei o quanto sou diferente, não sei o quanto quero ser, não sei o quanto posso ser. Não sei se me fizeram assim, não sei se é culpa minha, culpa tua, ou mesmo natureza do Homem.
Não sou perfeito, eu sei, e nunca o serei, não sou tão perfeito como penso ser mas para mim eu sou, apesar de saber que tenho muito de mau.
Quem me dera poder escolher tudo na minha vida com a facilidade necessária para nunca ter de me arrepender, gostava de fazer os outros mais felizes, gostava de ser ainda mais do que sou.
Preciso estupidamente de uma bala no meio da testa, sou estupidamente egoísta, estupidamente ignorante e ainda pior estupidamente estúpido, gosto de fazer apenas aquilo que me apetece, mesmo que isso faça os outros menos felizes. Eu tenho a culpa de me comportar assim, mas será que já alguém fez por me fazer mudar?
Vejo tudo a minha maneira, sou aquilo que quero ser, o que apesar de ser bom para a minha auto estima, não funciona bem, quando se fala em comunicação. Não que não seja uma pessoa comunicativa, não que não goste de me envolver com as pessoas, não que não goste de passar bons momentos, mas simplesmente sou egoísta, altruísta e por vezes arrogante.
Se quero ser melhor? Quero! Mas de que me serve? De nada, ou servirá?
Não sei o que sou, nem quem sou, sei que sou mas não sei porquê, queria compreender-me melhor, e compreender melhor os outros e tudo isso depende de mim, mas como em tudo na vida, eu acredito que para conseguirmos alguma coisa temos de querer mesmo isso, o que de momento não faz parte dos meus planos, não que eu não esteja disponível, mas apenas tenho algo que me incomoda.
Não tenho medo do que sinto, nem do que gosto, de quem gosto e muito menos do porque gosto. Gosto de mim, gosto de ser genuíno, gosto de ser diferente, gosto de mudar, e gosto de muitas outras coisas. Não gosto que me ignorem e na maior parta das vezes não gosto do que fazem por mim, quando fazem!
O que neste momento me deixa indisponível para tudo a minha volta é o medo que sinto, não o medo de chorar, não o medo de amar, não o medo das palavras, não o medo querer, mas sim o medo de sofrer.
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