Cheguei a conclusão que não sei nada, não percebo nada e quanto mais tento perceber, menos percebo, há coisas muito difíceis de explicar, e muito mais quando estas coisas podem e são fruto de uma nossa imaginação, uma realidade imaginada pelo nosso quilo e trezentas, este hardware que trazemos em cima dos ombros é qualquer coisa de muito estranho porque quando achamos que ele nos faculta informações fidedignas é quando isso não acontece.
Quando achamos que temos certeza de alguma coisa, não temos mais se não apenas um conjunto de motivos que nos fazem pensar que essa informação é a mais correcta mas contudo muitas vezes, e na maior parte, esta é tão falsa como eu perceber alguma coisa de mulheres.
Sim é verdade, o nosso cérebro mente-nos, e não sou eu que digo isto mas sim especialistas, o nosso cérebro por vezes prega-nos partidas, assimilando um conjunto de factores possíveis para tornar algo verdadeiro, contudo isto não passa de uma simples projecção de algo que queremos.
Mais uma vez, aqui estou eu a constatar factos que mesmo eu pensando serem verdades, não são mais do que ilusões minhas, dai o meu descontentamento relativamente a esta situação, não gosto de ser enganado, e ser enganado pelo próprio cérebro é verdadeira mente desmotivador, só por este motivo dava direito a fazer reclamação junto do produtor, mas no entanto, e já que isso não me parece que resolva o problema, há que tentar viver com este pequeno defeito de fabrico.
Não será um problema apenas do meu hardware, quem acha que nunca foi enganado pelo seu cérebro é porque ainda o continua a ser. Há muito pouco que podemos fazer contra este pequeno erro, mas há maneiras de o tornar menos influente na nossa vida, o grande problema é descobrir de que maneira conseguimos fazer isso.
Eu bem que tento, mas com verdade afirmo que é deveras uma tarefa difícil, quase tão difícil de perceber as coisas que me rodeiam e mais ainda as pessoas que me intrigam, vou tentando perceber quando estou a ser enganado ou quando a avaliação das condições é tão assim favorável que me faça realmente acreditar que é mesmo verdade aquilo em que acredito.
O que não falta para aí são situações que fazem este cérebro absorver informação errada sobre o mundo exterior, por isso há que saber filtrar o que é verosímil ou enganador.
Eu ando enganado.
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