Hoje tenho uma nova teoria, a da culpa… Ninguém gosta de ter culpa de nada, e o que acontece é atribuirmos a culpa aos outros, é muito mais fácil do que tentar resolver o mal que fizemos.
No entanto um dia tive alguém que me alertou para isso, desde então tenho isso na minha cabeça e acho que depois desse momento culpo-me muito mais, a verdade é que toda a gente erra, só temos de saber quando admitir que o fizemos.
Acredito que noventa por cento das coisas com que reclamo são culpa minha, a minha posição quanto a este tema é que até podemos não ter a total das culpas mas se temos o mínimo ligação com esse mesmo resultado, então, somos tão culpados como o suposto verdadeiro culpado.
Um bom exemplo disto é a nossa vida, como tenho vindo a falar, a nossa vida é feita de escolhas, essas escolhas se não forem bem ponderadas resultaram em algo trágico, e consequente culpa, o que é muito comum acontecer é culparmos alguém pelas nossas escolhas erradas, isso não está correcto, porque se a vida é nossa tudo o que dela resulta também é da nossa responsabilidade, seja bom ou mau.
Desde que abordei este problema de maneira diferente tenho pensado muito mais naquilo que faço, para avaliar bem as consequências, só assim podemos ser responsáveis e admitir as nossas falhas.
Como toda a gente eu falho, mas o problema não está na falha mas sim no admitir, e admitir pressupõe, resolver o que está mal. Se todos nós pensássemos mais nos nossos erros em vez de culparmos alguém por eles não perderíamos tantas coisas como perdemos.
Eu assumo que na minha vida cem por cento daquilo que me acontece é culpa minha, não que seja totalmente minha mas maioritariamente sim, culpo-me por algumas coisas que fiz e orgulho-me de outras, tenho pena que nem toda a gente pense assim, porque uma das mais frequentes consequências de não admitirmos a culpa é perdermos algo que nos é importante, isso não é bom, muito pelo contrário, por isso é que temos de pensar muito bem neste assunto.
Para alem das pessoas não pensarem desta maneira em relação á culpa há um outro factor que resulta em perda, o orgulho, por vezes este orgulho torna-se tão estúpido que mesmo que saibamos que erramos nunca o vamos admitir, uma estupidez visto que o orgulho é uma palavra e não nos dá nem nos tira nada, apenas é um rotulo que nos impõe.
Gostava tanto que esse orgulho desaparecesse, tenho a certeza que iria ser muito mais feliz.
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