09 fevereiro, 2010

Low Battery

Se Há algo que me consegue acalmar é uma boa corrida, há dias em que me sinto mais em baixo, como se tivesse algum problema, não é o caso, mas por vezes, tal como hoje, sinto que preciso fazer algo que me levante a auto estima, nesses dias a única coisa que me consegue acalmar é uma boa corrida.
É como canalizar toda a minha energia para uma única actividade, mas não é de qualquer maneira, nestes dias em que me sinto zangado com algo que desconheço tenho vontade de ir ao limite, fazer algo que exija tudo o que posso dar, como esta é uma actividade que faço diariamente quando estou nesta fase a actividade tem de ser diferente, tenho de me superar e fazer algo que me faça sentir imbatível, e ir ao meu limite é algo que não é assim tão fácil de se conseguir.
Eu explico o que acontece, imaginando uma bateria de um qualquer aparelho electrónico, esta está na sua carga completa, se estivermos sempre a utiliza-la esta vai descarregar até ao limite, é isso que gosto de fazer com o meu corpo e com a minha energia, porque quando estou zangado ou aborrecido com algo tenho uma fúria tão grande que me sinto cheio de energia, aproveito o tempo que tenho disponível para desgastar essa energia, levando o treino a um limite quase impossível, foi o que aconteceu hoje, sentia-me furioso com algo, sentia-me cheio de energia mas que necessitava de ser gasta, foi o que fiz, os primeiros minutos são sempre fáceis mas como passar do tempo nota-se essa energia a baixar o nível, mas para que me sinta bem tenho mesmo de enfrentar os limites, foi assim até ao ultimo minuto, e nem nos últimos metros eu me deixei perturbar pelo cansaço, posso dizer que foi mesmo ao limite, como se não tivesse mais energia nem mesmo para um outro passo.
Revitalizante, é a palavra correcta porque apesar de eu ficar completamente exausto e sem energia para mais nada sinto por dentro algo que me ajuda a enfrentar outros medos e outros problemas.
Preferia não ter de utilizar esta técnica, que ultimamente tenho usado com alguma frequência, mas a necessidade faz-me ter destas aventuras, por outro lado é bom porque os meus limites vão se expandindo, e após estes minutos de sofrimento sinto-me mais aliviado, física e mentalmente, deixo de sentir a insignificância sobro apenas eu, alguém capaz de ultrapassar tudo.

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